(Não, não estou a clamorar por mais um Postal, desta vez com regresso às origens)
Como os meus amigos e colegas (e outras pessoas) se devem lembrar,
às vezes, ando às turras com os CTT. Entre Sexta-feira e hoje, lá vai mais uma cabeçada.
Não se preocupem que não vos vou maçar com os pormenores do serviço mal prestado; vamos antes ser mais proactivos. (Para lidar com esses dramas, arranjei
outra solução)
Na sequência da turra vigente, tive que ligar para o atendimento a clientes deles. Quis falar com o imbecil que não cumpriu as suas tarefas, mas, como não podia, teve que ser a coitada da telefonista que, vistas as coisas, não tem culpa nenhuma, a aturar a minha telha. Claro que não tenho má vontade nenhuma à rapariga (ou senhora, às tantas), e que se fosse agora não lhe tinha falado como falei, mas pensem agora assim:
Lembram-se, com certeza, da cena dramática do filme
Nascido para Matar em que os soldadinhos de chumbo enchem as meias de sabão, prendem o badocha ao beliche (olha quem fala, mas foi em prol da aliteração) com um cobertor e lhe dão um enxerto de porrada, depois de o Sargento ter decidido que, de cada vez que o Pyle fizer asneira, pagam os outros todos por ele.
E se os correios funcionassem assim? De cada vez que um funcionário do atendimento levasse uma descasca de um utente, tinha o direito - não; a obrigação - de amarrar o responsável a uma cruz de Santo André (por exemplo. Também os podem atar a um poste que eu não me chateio) e contar-lhe a reclamação com um objecto contundente (pode ser a meia com o sabão ou um saco de laranjas ou, se queiserem levar isto a sério, um tubo de chumbo. Por exemplo). A ver se o brincalhão (cá está, a refereência ao Joker do filme do Kubrik que justifica parte do título da posta) que acha que as encomendas são redutíveis a um papelinho que indica que não esteve para se maçar volta a repetir a graça. Vejam lá é se ele não desata a apregoar que aquele é o carrinho das cartas dele e que há muitos como aquele, mas aquele é dele (como eu compreendo esse sentimento).
Tendes toda a legitimidade para dizer que isto sou só eu a fazer a catárse dos meus remorsos de ter tratado mal a coitadinha da telefonista, mas a ideia tem mérito e defendo-a. Que emendas propondes?
Pax vobiscum atque vale.