2014-11-11

Comic Con Portugal?

Comic Con Portugal?
Comic Con Portugal

Nunca pensei escrever tal coisa, mas este ano, em dezembro, vai haver uma Comic Con em Portugal.
Sim, quando digo Portugal quer dizer Portugal-Portugal, e não uma pacata localidade esquecida nalgum recanto dos US, como esta.

Claro, vai ver so geeks e nerds, até nos convidados.

Temos a super geeky, firefly nerdy, Morena Bacardi


E a praticamente desconhecida Natalie Dormer em representação do Game of Thrones:


O evento promete mais convidados confirmados para breve (pessoalmente, não me importava que o pessoal do "vikings" aparecesse)



O evento vai ser 5, 6 e 7 de Dezembro, na Exponor, e podem ver a pagina da organização aqui

PS: Peço por favor à direcção do blog para acordar, a ver se a mascote do blog lá aparece também!

2014-11-02

Cultura X

Com um nome destes, estaríeis desculpados por pensar que se tratava de algo acerca da cultura por detrás de personagens como Malcom X ou do protagonista do filme "História Americana X", mas não; é mesmo só um blog portugês fixe.

Descobri-o através de outro blog, A Pipoca Mais Doce que, à excepção de um artigo re-publicado do Cultura X, ainda não tive tempo de explorar devidamente. A este propósito, fica aqui o link para o post n'A Pipoca Mais Doce, a bem da diversidade, e outro, directamente do Cultura X, que eu achei igualmente fixe. Recomendo que leiam os dois (são pequeninos e lêm-se muito bem).

Como este post se assemelha assaz curto e mais próximo de um micro-post, mais digno da Shoutbox que do corpo principal do blog da Corporação Disco-bar, queria responder a uma questão que o Sintra levantou no último post dele: parafraseando, às vezes, um indivíduo vai ver o que escreveu uns anos antes e dá consigo mesmo a pensar "eish, que horror; que estúpido que eu era!". No seu post, o Sintra prosseguiu, dizendo que andou a ver coisas que tinha escrito antes e que achou que já na altura era um gajo fixe. Pois, quanto a mim, estou perfeitamente de acordo com ambos os pontos: primeiro, que já na altura o Sintra era um gajo fixe; segundo, que, muitas vezes um gajo vai ler escritos antigos e se depara com horrores inmitigáveis. A esse propósito, queria deixar-vos uma história pessoal:

É difícil precisar uma data. Posso afirmar com toda a certeza que foi no Verão, provavelmente em Agosto, e julgo que em 2005, mas pode perfeitamente ter sido tão tarde quanto 2007 (se bem que não me parece), que eu estava na Figueira da Foz a remexer num computador "reciclado" de peças de outros computadores que já tinham sido ultrapassados e que tinha montado só para "desenrascar": afinal passo pouquíssimo tempo na casa de férias da Figueira da Foz, e aquele PC tinha sido lá posto só mesmo para uma ou outra partida de uma versão qualquer do "Worms", provavelmete o "World Party", mas, no tom de incerteza que já tem vindo a acompanhar esta história, podia perfeitamente ter sido o "Armageddon". Note-se que isto foi antes de eu ter um portátil. Sucede que, conforme referi, o computador tinha sido montado com peças usadas (se bem que todas por mim), entre as quais os discos. Num deles, encontrei um documento do word chamado "Freespace.doc". Imediatamente o reconheci: Tratava-se de um conto que eu tinha escrito entre 2000 e 2001 (finalmente, uma afirmação feita com certeza), inspirado por um jogo, chamado "Freespace" (ou "Descent: Freespace", uma vez que era uma espécie de descendente do "Descent", mas passado no espaço sideral, em vez de ser em cavernas tortuosas), que tinha vindo "bundled" (não é só o Sintra que recorre aos anglicismos. Muitas vezes, são mesmo a melhor solução) com o primeiro leitor de DVDs que algum dia tinha comprado, em finais de 1999. Alguns de vós saberão que, de vez em quando, dá-me a pancada para escrever ficção, e este "Freespace.doc" foi a génese dessa pancada (a minha mãe fala-me de um "livro" que eu escrevi com uma idade ridícula, como 4 anos, em papelinhos de tomar notas (dir-se-iam Post-Its, mas, segundo creio, os papelinhos em questão não eram adesivos. De mais a mais, Post-Its é uma marca comercial, e, com a quantidade de papelinhos de notas de outras marcas que já me passaram pelas mãos, desconfio que fossem Post-Its (parênteses dentro de parênteses dentro de parênteses só porque sim)), em letras de imprensa maiúsculas e com ilustrações do calibre que se pode esperar de um garoto de 4 anos, acerca de um moleiro cujo moínho se partiu, mas que ele depois reparou. Francamente, não tenho a menor ideia de tal obra, mas, a existir, será, de facto, a verdadeira génese desta minha pancada, ao invés do "Freespace.doc"). Ávidamente, lembrando-me do prazer que me tinha dado escrever aquela amálgama de fantasias curtas da altura (leia-se, fantasias quotidianas de um miúdo de 15 anos, obcecado por um jogo de computador bem fixe e com as formas feminias das meninas e senhoras que, três vezes por semana, via em fato de banho na natação) entrelaçadas numa história mais ou menos coerente, devorei (algumas das) linhas daquele documento (que tinha centenas de páginas. Era desnecessariamente enorme). Apesar da enorme saudade da época, não pude deixar de pensar "Que lixo...". Até não é que estivesse mal escrito (um tanto ou quanto pretensiosamente, às vezes), mas o argumento é que era péssimo.

Em contraponto, tenho andado a reler coisas que escrevi aqui no blog há cinco anos e mais e, à semelhança do Sintra, acho que também eu era um gajo fixe.

E pronto, hoje não tenho mais nada a dizer. Vou almoçar.

Pax vobiscum atque vale.