tag:blogger.com,1999:blog-134450462024-03-13T11:00:12.772+00:00disco-barAMPLUS IMPERITUS CONVICIUM!!1Sintrahttp://www.blogger.com/profile/18150448789188420796noreply@blogger.comBlogger912125tag:blogger.com,1999:blog-13445046.post-12144627186649212632022-08-24T15:25:00.003+01:002022-08-24T15:25:41.187+01:00melting pot VS salad bowl<p> #miniblogpost</p><p>O Facebook está para as pessoas como o melting pot está para a sociedade americana (vs: salad bowl)</p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-13445046.post-24517054368782399802021-12-07T12:41:00.005+00:002021-12-07T12:41:51.537+00:001Password: lock-in?<p>O único meio de exportar passwords do 1Password 8 é via o ficheiro 1PIF que quase não é entendido por nenhum outro gestor de passwords.</p><p><br /></p><p>Se quiserem exportar via CSV têm de instalar o 1Password 7.</p><p><br /></p><p><br /></p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-13445046.post-33772994906681909102021-09-12T17:40:00.001+01:002021-09-12T17:40:10.856+01:00Adulting: Budgeting<p>Ainda não achei a solução para fazer budgeting / planeamento financeiro de forma simples.</p><p>Aqui estão as tentativas que realizei:</p><p>* Excel: requer introdução manual diária para ser útil</p><p>* <a href="https://goodbudget.com/">GoodBudget</a>: usa o sistema dos envelopes, suporta importação de CSV mas requer 2 cliques por entrada durante a importação; em adição a isso, é muito fácil fazer asneira na importação (dado os "." poderem ser interpretados da maneira americana ou europeia)</p><p>* <a href="https://toshl.com/">Toshl Medici</a>: importa os movimentos das contas de bancos portugueses automaticamente; mas na sua tentativa de simplificar, não me deixa ver o estado das contas individuais</p><p>* <a href="https://app.youneedabudget.com/">YNAB (You Need a Budget)</a>: parecido com o GoodReads, mais caro, mas mais resiliente a erros na importação e não é preciso clicar em cada uma das entradas no momento da importação.</p><p><br /></p><p>Os bancos portugueses não oferecem, tanto quanto sei, compatibilidade com os formatos típicos norte-americanos, por isso faço download do CSV ou XLS e copio para uma folha de Excel simplificada que salvo como CSV.</p>Unknownnoreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-13445046.post-65716444535820872021-09-06T11:36:00.003+01:002021-09-06T11:36:35.038+01:00Filme esquisito -- "Mad God: What happens when the best practical VFX artist, ever, writes a film?"<p>Deixo aqui um link para um filme que me chamou a atenção pelo nome e pelo facto do seu director ser alguém que é aparentemente muito conceituado na área de Visual Effects.</p><p>Aparenta ser um filme "indie" mas já ganhou prémios. Por outro lado, tem pouco diálogo. Parece-me que não vou gostar, mas pelo menos o conceito parece giro.</p><p><a href="https://arstechnica.com/gaming/2021/09/phil-tippetts-mad-god-a-sensory-feast-for-lovers-of-practical-filmmaking/">Ars Technica -- Mad God: What happens when the best practical VFX artist, ever, writes a film?</a></p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-13445046.post-26760584051600567482020-05-13T18:58:00.001+01:002020-05-13T18:58:10.278+01:00Onde quer que eu esteja, já lá estouNão façam caso; é uma tautologia inofensiva que me ocorreu durante uma meta-sobreanálise da expressão "eu chamo-me Fulano Tal-Tal*". Só apontei aqui para me não esquecer, caso dê jeito mais tarde.<br />
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* É evidente que eu nunca me atreveria a chamar-me "Fulano Tal-Tal"; ele é famosíssimo e se descobre que alguém se anda a fazer passar por ele, de certeza que faz e acontece.<br />
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Pax vobiscum atque vale.<br />
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A propósito: esta cena da quarentena e da distância social bem pode fazer bem à saúde física, mas começo a desconfiar que é capaz de ter reprecussões a nível mental...ArabianSharkhttp://www.blogger.com/profile/17324692428959637350noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-13445046.post-11384831177354889932019-10-20T23:36:00.002+01:002019-10-21T20:28:58.737+01:00Joker - Uma CríticaComecemos inexoravelmente por vos prometer não dar <i>spoilers</i>. Lede agora sem medo...<br />
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Há quase exactamente um ano, na <a href="https://disco-bar.blogspot.com/2018/10/venom-uma-critica-sem-spoilers.html">minha crítica ao "Venom"</a>, comparei a improbabilidade de um filme do Venom sem o Homem-Aranha à improbabilidade de um então hipotético filme do Joker sem o Batman nem o Heath Ledger. Ora, o Sr. Ledger, infelizmente, deixou-nos prematuramente, mas o Joaquin Phoenix demonstrou, neste filme, ser um actor nem menos capaz nem menos adequado ao personagem (se bem que a uma encarnação da personagem suficientemente diferente de todas as que já tínhamos visto até agora). Tenho, portanto, de engolir as minhas próprias palavras, mas não faz mal nenhum por dois motivos:<br />
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1. Eu tenho excelentes palavras e, para além disso, vou fazendo acompanhar as minhas palavras de <i>bon mots</i>, o que calha bem, porque um Chablis, por exemplo, seria mal empregado em mim, que não bebo;<br />
2. Valeria a pena ter sido humilhado em praça pública pelas minhas fracas habilidades de vidente para ter o prazer de ver um filme como este.<br />
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Mesmo assim, não querendo "fugir com o rabo à seringa", apraz-me dizer que o filme não é inteiramente estanque do imaginário do Cruzado da Capa; apesar da ausência do famigerado vigilante que se estiliza como um morcego, o filme não se priva de fazer algumas referências tangenciais ao Batman, mas não em proporção suficiente que me permita justificar a minha própria soberba de há um ano atrás.<br />
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Agora que contextualizei a crítica, convinha contextualizar igualmente o filme (e, desta vez, a ver se não faço comparações parvas que serão contraprovadas daqui a um anito). Começo por dizer que este filme, que eu muito mais depressa caracterizaria como um drama, ao invés de um filme de acção, como é apenágio dos filmes inspirados por bandas desenhadas, é, antes de mais, uma reacção, por parte do realizador Todd Phillips, à cultura "woke" e politicamente correcta que autoritariamente declara que quaisquer críticas negativas às obras que preza não podem senão ser o resultado de um pequeno número de <i>trolls</i> e não reflecte, de maneira nenhuma, a opinião da maioria; e procura cancelar ou, de outra forma, suprimir (porque "oprimir" é a faculdade exclusiva de homens brancos heterossexuais cissexuais etc. <i>et al</i>) todas as obras de que não gosta. O próprio Todd Phillips, que, de resto, até agora, era mais conhecido pelos seus trabalhos cómicos, dos quais se destacam "Due Date" e os filmes da série "The Hangover", tem sido citado dizendo algo para o efeito de que o filme "Joker" seja uma riposta à corrente de pensamento que não lhe permite fazer uma comédia nos termos em que gostaria.<br />
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Certas entidades, que permanecerão anónimas e incaracterizadas, não querem que vejais este filme, provavelmente não só porque o mesmo contradita variadas crenças que não lhes convém que sejam sequer questionadas, mas também porque o vilão da trama não pode não receber o estatudo de "vítima" que essas mesmas entidades tão sofregamente revindicam para si mesmas, para com ele se protegerem de todas as acusações, mesmo as que não podem deixar de ser justamente lançadas sobre o epónimo Joker, que, aliás, tal como a carta do baralho com a qual partilha o nome, parece encaixar-se em qualquer ponto do espectro político, tomando valores diferentes dependendo das circunstâncias, o que o torna difícil (para não dizer "impossível") simplesmente rotular de "racista", "fascista" ou "homofóbico", como é apenágio dos auto-intitulados "defensores do que é correcto". Desta forma, o filme torna-se uma espécie de "Crime do Padre Amaro" (o livro de 1875; não o filme 130 anos mais recente), na medida em que uma proeminente figura de "autoridade" vos proíbe de o verdes, o que me compele a declarar este como um dos filmes mais importantes da década.<br />
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Mas paremos de promulgar o já suficientemente imponente burburinho em redor do filme e falemos do filme propriamente dito: O filme é, inexoravelmente, um produto do seu tempo, pelos motivos que expliquei nos parágrafos anteriores, mas também, por se passar nos anos 80, passa por <i>period piece</i>, o que resulta, à semelhança de "Demolition Man" (1993), num filme simultaneamente datado e, paradoxalmente, exactamente por isso, perfeitamente intemporal. <br />
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A primeira coisa em que reparei no filme foi a sua estética própria, deliberadamente desagradável, na medida em que nenhum objecto ou lugar parece novo, suficientemente limpo, adequadamente mantido ou sequer particularmente bem executado, o que contagia o espectador com o desapontamento e a despondência que afligem o protagonista. Mesmo os objectos que, no âmbito do filme, são tomados como sendo de elevada qualidade, por mera virtude de pertencerem à década em que se passa o filme, parecem, por comparação, inferiores, insuficientes, e insatisfatórios perante os padrões de hoje.<br />
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O som é usado de maneira impressionante, quer pelo teor dos efeitos de som, quer pelas escolhas musicais, mas, em minha opinião, sobretudo pela sua mistura, mediante a qual, através do volume e da profundidade do som, transmitre a ideia da distância, menos física que emocional, do protagonista à sua fonte, ora assemelhando-se a um som retratado na televisão para dar a impressão de afastamento, ora tomando as características de um barulho produzido ao vivo para indicar a sua proximidade à personagem principal.<br />
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O protagonista propriamente dito é, do princípio ao fim do filme, um exercício de conflicto interno, entre vontade e fisiologia, entre precepção e realidade, entre crença e verdade, e entre ego e id. Em muito poucos momentos do filme ele é caracterizado como uma personagem detestável, sendo até fácil empatizar e mesmo simpatizar com a personagem até ao momento em que o mesmo assume o seu carácter como o vilão que conhecemos há decadas. Ainda a este respeito, direi apenas, atrevendo-me perigosamente perto do território do que seria revelar a mais, que este Joker é tão diferente dos Jokers que o precedem como o Joker do Heath Ledger é diferente do Joker do Jack Nicholson: pela primeira vez, a loucura da personagem está verdadeiramente patente, ao invés de ser quase simplesmente afirmada no caso de "Batman" (1989) ou de contraditada pela lucidez com que o Joker planeia e executa as suas manobras intrincadas em "The Dark Knight" (2008). Para além disso, num certo afastamento do Joker tradicionalmente sanguínio, este Joker é antes melancólico, saturnino (eu posso ter de vir a engolir estas palvras daqui a um ano; deixai-me garantir agora que são boas), e claramente emprega as características mais levianas da face que expõe ao mundo como um mecanismo de defesa contra as emoções que pretende reprimir.<br />
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Inversamente ao que seria de esperar de um filme de acção (categoria em que me recuso, apesar da origem da personagem, a colocar este filme), e apesar da presença de cenas de acção, dificilmente seria capaz de chamar as este "um filme violento", o que não significa que as acções mais reprováveis do que não pode senão ser condenado como um vilão sejam devidamente retratadas em excruciante pormenor, apelando por vezes à audição, com ruídos abrasivos e agressivos, por vezes à visão, com imagens violentas e viscerais, e, por vezes, de maneira mais subtil, indiciando a violência exclusivamente através de pistas, deixando os horrores maiores à imaginação do espectador. Ainda assim, neste filme que enfatiza o combate de um homem contra os seus próprios demónios em deterimento da manifestação carnal dos seus desejos destrutivos, as cenas violentas, sem as quais o Joker não estaria devidamente caracterizado, são infrequentes, mas poderosas.<br />
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Lembro-vos, antes de finalizar esta apreciação com um único parcer lacónico e dolorosamente insuficiente para resumir um filme desta importância, de que votamos com a carteira, e de que só o vosso apoio (e hoje quero mesmo dizer o apoio que dais pagando um bilhete de cinema) pode encorajar o panorama cinematográfico e, de um modo mais abrangente, da multimédia em geral, na direcção oposta à da distopia dictatorial em que exclusivamente as obras rigorosamente escrutinadas e aprovadas pelo "Partido" são permitidas e "aceitáveis", ao passo que tudo o resto e todas as vozes dissidentes são silenciadas.<br />
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Ide ver assim que puderdes. Outra vez, se já tiverdes ido.<br />
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Pax vobiscum atque vale.ArabianSharkhttp://www.blogger.com/profile/17324692428959637350noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-13445046.post-29443738726521575922019-04-29T01:47:00.000+01:002019-04-29T01:47:19.840+01:00Avengers: EndgamePortanto primeiro a parte em que vos asseguro de que não vou dar <i>spoilers.</i><br />
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Agora não é pior <a href="https://disco-bar.blogspot.com/2018/04/avengers-infinity-war-part-i-uma.html">linkar a review do filme anterior</a>, uma vez que grande parte do que disse acerca dele se aplica, particularmente a parte em que menciono os títulos e as datas dos filmes que é preciso ver antes de se poder devidamente entender o filme, acrescentando agora "Ant-Man and the Wasp" (2018) e, como não podia deixar de ser, "Avengers: Infinity War" (2018)*.<br />
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Então, o filme... Deixem-me começar por dedicar o resto deste parágrafo à enunciação meticulosa de todas as falhas, defeitos, erros e asneiras que encontrei nesta primeira vez que o vi.<br />
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Agora que tratámos da parte desagradável, as partes positivas, ou melhor, a parte das partes positivas que não contém spoilers: Antes de mais, a sensação com que o filme me deixa de que ter andado 11 anos a ver filmes com as mesmas personagens desempenhadas pelos mesmos actores atrás do mesmo objectivo não foi uma estopada de proporções decagenárias; pelo contrário, mais que uma vez o filme practicamente piscou o olho aos membros da audiência que se lembravam da primeira vez que o Robert Downey Jr. enfiou um capacete vermelho e dourado (e o mundo nunca mais foi o mesmo). Semelhantemente, o filme, que conclui duas dezenas de filmes antes dele, mistra ter aprendido com as melhores partes dos seus predecessores, indo às campas dos seus antepassados buscar o que resultou melhor e revitalizando-o com a sua energia própria. A trama subverte as expectativas do espectador mais que uma vez, por um lado, mas indicia e deixa adivinhar elementos mais tardios de vez em quando, para quem está a ver o filme com os dois olhos. Um pouco à semelhança de "Thor: Ragnarok", "Avengers: Endgame" assegura-se de que há momentos "Fuck yeah!" suficientes para satisfazer o público, mas não tantos que sature. Mais à imagem dos "Iron Man" e "Ant-Man", o filme, longe de ser um festival de pancadaria épica e mais nada, dá-nos a entender a "ciência" por detrás das mecânicas mais fantasiosas, e de maneira suficientemente simples que um leigo compreenda (mais ou menos) o que se passa na física curiosa deste universo (cinemático da Marvel. Ando a dizer estas três palavras juntas há tanto tempo que já mal consigo separá-las...).<br />
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E, depois, há o final... e não vou dizer que não tenha gostado do final, mas direi que, dpois deste final, se não soubesse já que já filmes anunciados para depois deste, atrever-me-ia a sugerir que não houvesse mais, pelo menos durante uns anos, talvez cinco a dez. No entanto, sabemos que estão anunciados (e, provavelmente, pagos, e, certamente, contractualmente obrigados) mais filmes, como sejam "Dr. Strange II" e "Captain Recast II" (<i>working title</i>). Não é <i>spoiler </i>dizer que, ao contrário do que a Marvel nos habituou, este filme não tem cena nem durante nem depois dos créditos (mas os Vingadores "originais" (Johansson, Downey, Evans, Ruffalo, Renner, Hemsworth) vêm acreditados em soberbos painéis, acompanhados da assinatura de cada actor, o que eu achei mais ou menos tocante), e, sinceramente, depois deste filme, não sei se algum dia quero ver um filme da Marvel feito depois deste (OK, excepto o Dr. Strange II. Benedict Cumberbatch nunca é demais...).<br />
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O filme é um espectáculo, mas fiquei um bocadinho triste...<br />
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Pax vobiscum atque vale.<br />
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* Talvez vos lembreis que saiu há pouco tempo um outro filme da Marvel, protagonizado por uma fulana loira, desonesta e incompetente, cuja personagem principal também tem tempo de écran neste filme (menos de 12 dos 182 minutos do mesmo). Podereis sentir-vos tentados a vê-lo antes de irdes ver o "Avengers: Endgame" (2018), mas, se o fizerdes, que não seja sob a ilusão de que tendes de o ver para apreciardes devidamente o "Avengers". O filme é perfeitamente dispensável, e tudo o qyue tendes de saber sobre esta "nova" personagem é que voa, dá socos e não sabe que o ano de 1922 aconteceu. Viram, nem um único spoiler dei...!ArabianSharkhttp://www.blogger.com/profile/17324692428959637350noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-13445046.post-57447999079121904602019-03-25T21:27:00.000+00:002019-03-25T21:27:54.990+00:00Hoje - Captain MarvelPara algum dos meus estimados colegas e amigos que viva debaixo de uma pedra, sem Internet, no planeta que gira em torno do Sol na mesma órbita que a Terra, mas do outro lado do Sol, saiu aqui há dias um filme chamado "Captain Marvel" que anda (desde antes de sair, de facto) a gerar burburinho por motivos variados. Chovem por essa internet afora críticas ao filme, ao elenco, ao realizador, ao guião, ao que cada um destes elementos representa, aos fãs do filme, aos fãs do género que não são fãs do filme, ao gato da fulana que limpa as escadas no prédio onde mora o jardineiro que trata das flores do quintal do tio do neto do primo do cunhado do enteado do filho do compadre da cozinheira que tratou do catering da Unidade B da produção do filme, etc., e, a ajuizar pelo que vou vendo, quase todas mordazes.<br />
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Ora, como eu já vi o filme e tenho o hábito de fazer críticas de filmes que vou vendo, compreendo-vos se imaginardes que venho aqui fazer a minha própria crítica mordaz, mas não (quer dizer, se quiserdes mesmo muito, ou mesmo só o suficiente para fazerdes um comentário a pedir o mesmo, eu faço o sacrifício de ver o filme outra vez e farei uma crítica a sério tão mordaz quanto quiserdes); venho antes fazer uma crítica a uma das críticas mais comuns ao filme.<br />
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Antes que algum de vós fuja espavorido deste post, cheio de medo de <i>spoilers</i>, deixai-me deixar aqui um anti-spoiler alert, ou seja, a minha promessa de que farei o meu melhor por evitar spoilers.<br />
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E, nessa nota, começo por revelar um facto pertinente à trama do filme, mas que não revela nem indicia nenhuma surpresa acerca do mesmo: o filme passa-se nesse ano longínquo de mil novecentos e noventa e cinco, em finais do milénio passado.<br />
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(Espera lá; a menina que, desconfio, será o mais próximo que eu virei a ter nesta vida de uma sobrinha, não se recorda do ano de 1995 porque só nasceu em 1999... às tantas, não devia ter sido assim tão sarcástico na minha caracterização de 1995 como "longínquo"... afinal de contas, em 1995, ainda sabíamos que 1984 não era um manual de instrucções!)<br />
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E, laconicamente, revelarei igualmente que, no final do filme, a protagonista entrega ao ubíquito Nick Fury um dispositivo que lhe permitirá contactá-la em caso de emergência.<br />
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Não revelarei mais nada acerca deste filme, mas, conhecendo o Universo Cinemático da Marvel e sabendo apenas o que vos contei, rapidamente emerge esta frequente crítica que venho criticar:<br />
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<i>"Então, durante o primeiro «Avengers», esse ladrão do Nick Fury não achou que tinha em mãos emergência suficiente para merecer chamar a Captain Marvel!? Plot hole!"</i><br />
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Se tiverdes lido os parágrafos anteriores com qualquer medida de atenção já devereis ter deduzido que não venho para aqui defender o filme, mas, em prol do que é justo, não considero esta crítica válida. Quando não, vejamos:<br />
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Só de ver o primeiro "Avengers", sabemos o seguinte (o raio do filme é de 2012; se ainda não o vistes, o mais certo a não terdes sequer vontade de o ver; nem pensar que vou andar a pisar cascas de ovos para tentar não dar spoilers de um filme com mais de 5 anos): O Fury e a S.H.I.E.L.D. querem, sobretudo, munir-se de meios para se defenderem de ameaças extra-terrestres. Para esse efeito, tentaram replicar as armas que a Hydra tinha empregue na segunda guerra mundial, mas, paralelamente, o Fury quis montar uma equipa que não precisasse dessas armas. Ora, quer seja através de melhores armas, quer seja através de melhores soldados, é estritamente necessário que os meios da nossa continuada sobrevivência sejam intrinsecamente nossos, e qualquer meio do qual podemos dispor sob certas circunstâncias e só por favor não é fundamentalmente "nosso", e também não é grande plano de defesa, uma vez que depende essencialmente de um factor que reside fora do nosso controlo. Por outro lado, com a manobra das cartas ensanguentadas, o Fury demonstra que não só não põe de parte a noção de criar força (e união) entre os Vingadores através do conflicto mas também que o mesmo é uma estratégia eficaz. Semelhantemente, até então, nenhum dos heróis mais poderosos da Terra tinha enfrentado um adversário extraterrestre (com a excepção do Thor, que, mais uma vez, não "pertence" à Terra e cuja permanência na Terra não é garantida), e era necessária uma prova de fogo da equipa de resposta que o Fury andava a tentar montar desde o primeiro "Iron Man".<br />
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Podeis argumentar que se trata de uma estratégia demasiado arriscada, e que os Vingadores podiam não ter sido capazes de derrotar o Loki e os Chitauri, mas o espertalhão do Tony Stark, que não perde pitada, no terceiro acto do filme, mesmo sem saber tudo o que estava para trás (ou, no caso, para a frente, dependendo de se o referencial é a cronologia do universo dos filmes ou a cronologia dos filmes conforme são publicados), deduziu a resposta do Fury e deu-a ao Loki (porque em 2012 ainda não havia ninguém a criticar o "Captain Marvel"): "Não há nenhum trono. Não há nenhuma versão disto em que tu ganhes. Talvez o teu exército venha e talvez seja demais para nós, mas é tudo culpa tua. E, se não conseguirmos <b>proteger</b> a Terra, podes crer que havemos de a <b>vingar</b>." (livremente traduzido de memória).<br />
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Resumidamente: não é gralha nenhuma que o Nick Fury não tenha chamado a Captain Marvel no primeiro Avengers: ele queria era, por um lado, usar as circumstâncias para instigar união entre os Vingadores e, por outro lado, testar os Vingadores em acção, mas não acredito que se tenha "esquecido" que podia chamar ajuda de fora; aliás, mais que nunca se lembrou que, se o clube de amigos do Capitão América se estatelasse ao comprido nas ruas de Nova Iorque, tinha alguém que podia chamar para os vingar.<br />
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Se não acreditam em mim, saquem o filme (sim, isto é um apelo à pirataria), mas uma versão com as cenas depois dos créditos, e reparem bem nas palavras que salientei da citação do Tony Stark.<br />
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Dito isto, o filme não é grande coisa...<br />
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Pax vobiscum atque vale.ArabianSharkhttp://www.blogger.com/profile/17324692428959637350noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-13445046.post-76127539826895453862019-01-03T15:41:00.002+00:002019-01-03T15:41:32.820+00:00Djimgolbels, crl, djimgolbels!Até aos Reis é Natal!ArabianSharkhttp://www.blogger.com/profile/17324692428959637350noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-13445046.post-13716120677006556622018-10-05T01:03:00.000+01:002018-10-05T05:28:34.348+01:00Venom - uma crítica sem spoilersAntes de mais, conheçamos as nossas limitações: eu sou perfeitamente capaz de criticar este filme sem spoilers; eu não sou capaz de criticar um filme do Venom desapaixonadamente. Ó pá, desculpem, mas eu nunca não adorei o Venom*. Adoro tudo o que a personagem é; adorava ter esses poderes em particular, com todas as suas desvantagens e fraquezas e tudo; e, quando era pequenino, mais que uma vez dei comigo a pensar, sem qualquer crença, para me reconfortar a mim mesmo, "quando eu tiver um simbiote como o do Venom eles hão de ver...!" (a minha infância teve uma série de partes difíceis). Mas, conhecendo-me como me deveis conhecer, sabeis que isso não lhe dá licença para anhar; aliás, incumbe-o da responsabilidade de ser excelente todos os dias da semana e duas vezes aos sábados e domingos, ou enfrentar a cólera da minha língua viperina - ou, neste caso, dos meus dedos viperinos (o que não faz grande sentido, uma vez que as víboras não têm dedos. Anyway...)<br />
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Não é spoiler nenhum dizer-vos que este filme, produzido pela Sony, surge de um panorama "político", peculiar, ao abrigo do qual o Homem Aranha não pode ser mencionado, o que cria um problema grave à partida. Um filme do Venom sem o Homem Aranha é como...<br />
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(Não julgueis que me faltam as palavras para fazer uma comparação adequada; pelo contrário, tenho tantas palavras que tereis que escolher as que ressoarem melhor convosco)<br />
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- Um filme do Ringo Star sem os Beatles;<br />
- Um filme do Steve Jobs sem o Steve Wozniak;<br />
- Um filme da Kerrigan, Queen of Blades sem os Zerg;<br />
- Um filme do Joker sem o Batman nem o Heath Ledger (acredito piamente que, antes de falecer, o Heath Ledger (requiescat in pacem) era perfeitamente capaz de sustentar um filme a solo do Joker) ;<br />
- Um filme do Companhia sem o Batatinha.<br />
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(algumas destas referências são menos tópicas que outras)<br />
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Assim sendo, fica uma certa impressão de que os guionistas não compreendem devidamente a personagem. Mais preocupantemente, mesmo concedida a tolerância de que certas verdades têm que ser modificadas para respeitar as regras do acordo vigente entre a Sony e a Disney, as personagens frequentemente falam em violação directa do que está estabelecido nos comics há mais de 20 anos. Apesar disso, surgem referências a momentos obscuros da historia canónica do Venom, o que não é característico de quem não compreende a personagem. Neste filme, o Venom não se balança por entre os edifícios em cordas de teia, como o super-herói que não pode ser mencionado, o que eu acho que é uma parte muito importante da personagem, mas, sinceramente, não senti falta (e isto não é mais spoiler que dizer que o Deadpool não decapita o Batman com o sabre de luz do Darth Vader neste filme). Interrogar-se-ão agora, talvez, como é que a personagem se auto-denomina de Venom, proibido que está de proclamar "you are the Spider and we are your Venom": esse e outros pormenores surgem sacados do éter como parte da mise-a-faire, rapidamente ultrapassado para doer menos e seguir em diante.<br />
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Despachadas que estão as queixinhas miudinhas, tenho a dizer que o argumento não é mau, se bem que também não se compara à história que não pôde ser contada. No entanto, os actores portaram-se muito bem, e o veterano Tom Hardy, que já tinha merecido o meu respeito e admiração várias vezes no passado, faz um trabalho excelente, particularmente ao exacerbar a diferença entre o Eddie Brock e o simbiote que se une a ele, já que faz ambos os papéis. Os demais actores deste elenco principal muito reduzido (já mencionei que o panorama político de onde este filme é oriundo é algo peculiar? Pois o panorama financeiro não é melhor...), apesar de menos conhecidos que o próprio Tom Hardy, não deixam de se portar muito bem, ainda que deixem assaz claro que estão lá maioritariamente porque o Tom Hardy não pode fazer os papéis todos do filme.<br />
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Os efeitos visuais são um pouco difíceis de caracterizar em termos de realismo. Se, por um lado, procuram retratar objectos alienígenas, e, por definição, inacreditáveis, então têm os meus parabéns; se, por outro lado, procuravam convencer-me de que o Venom existia e estava mesmo lá, então lamento, mas ficaram algo aquém... O aspecto do simbiote sem o hospedeiro humano, bem como a maneira como se mexe, são, mais uma vez, diferentes de tudo o que já tínhamos visto, mas, apesar de resultar bastante bem, não chegam ao mesmo nível das suas contraparte da malograda ter eira vez que o Tobey Maguire envergou as teias.<br />
<br />
A cena de pancada climática do filme, sem a qual não poderia ser, passou de algo genérica para uma confusão ininteligível de imagens geradas artificialmente, sem nenhum dos momentos "fuck yeah!" que polulam nos filmes da Marvel (da Disney). Finalmente, direi que existia alguma qualidade inefável na fotografia do filme que me desagradou continuamente, ou talvez o mesmo se deva à estética do filme, caso em que admito que o mesmo efeito tenha sido deliberado, o que se prenderia directamente com elementos do argumento (acerca dos quais nada direi).<br />
<br />
Em jeito de conclusão, direi que o filme me deixo um pouco desapontado, o que é uma enorme pena, porque tudo o que fez bem fez muito bem, e tudo o que fez mal poderia facilmente ter sido reparado entre os recursos e as propriedades intelectuais da Disney. Aliado à vergonhosa interpretação do Venom no terceiro filme do Sam Raimi, a mensagem que, perante mim, emerge clara e cristalina como a água é "pára com isso, Sony, e deixa a Disney fazer os filmes da Marvel".<br />
<br />
Mas, mesmo assim, recomendo. Reconheço que a maior parte das falhas que aponto a este filme advêm sobretudo da paixão que tenho pela personagem, e um espectador menos fanático que eu é capaz de ver um filme de acção engraçado com um protagonista espectacular.<br />
<br />
Pax vobiscum atque vale.<br />
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* Deixemos imediatamente claro que o Venom que eu sempre adorei é o Venom Eddie Brock. Os fãs do Homem Aranha saberão melhor que eu que, desde o hospedeiro original, o simbiote já passou pelo Mac Gargan (outrora um vilão chamado Scorpion que não dizia "get over here", pelo menos não com a mesma frequência que um certo ninja morto-vivo que eu cá sei) e agora, creio, está com o Flash Thompson, mas estas cópias pálidas do Venom, para mim, não contam.ArabianSharkhttp://www.blogger.com/profile/17324692428959637350noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-13445046.post-10573279039671590322018-09-19T11:35:00.001+01:002018-09-19T11:35:28.769+01:00Amazon - uma cautelaSe algum dia vos lembrardes de alguma coisa que um dia comprastes no Amazon e quiserdes outra igual, podereis sentir-vos tentados a encontrar o artigo na lista de encomendas que fizestes, mantida na vossa conta, seguir o link para a página do mesmo e comprar.<br />
<br />
Não vos censuro, mas acautelo-vos: já me tem acontecido fazer esse mesmo caminho e acabar na página de outra coisa qualquer, geralmente parecida, mas fundamentalmente diferente, às vezes de maneira verdadeiramente chata. A título de exemplo, recentemente quis mandar vir um écran de projecção idêntico a outro que comprei em 2015, de 100 polegadas e 16:9. Pois encontrei o registo da encomenda, segui o link e mandei vir. Eis senão quando, aquando da entrega, que me apercebo de que o écran que me chegou às mãos era de 60 polegadas e 4:3. Quando verifiquei os registos da encomenda mais recente, constatei que não tinha havido engano do lado do comerciante, e, quando voltei a percorrer o caminho, à procura da falha, apercebi-me de que o link que dizia 100 polegadas 16:9 me remetia para a página de écran de 60 polegadas 4:3.<br />
<br />
Mea culpa, em parte, por não ter prestado mais atenção, mas malvado do Amazon (malvada?), que me fintou, remetendo-me para um artigo que eu não queria e nunca comprei (recordo que o link que segui provinha directamente do meu histórico de encomendas). Quando me lembrei de investigar o resto das minhas encomendas anteriores, encontrei mais uma data de links "mentirosos", incluindo, por exemplo, variantes cabeladas de ratos wireless e coisas que tais.<br />
<br />
Portanto, se comprais no Amazon, não descureis a papelada e pormenores, que o Amazon parece que nem sempre presta assim muita atenção por vós.<br />
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Pax vobiscum atque vale.ArabianSharkhttp://www.blogger.com/profile/17324692428959637350noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-13445046.post-23093298230940642352018-07-25T05:58:00.002+01:002018-07-25T05:58:57.281+01:00Hoje: Hardware - HTC Vive Pro<div style="text-align: justify;">
Há já quase dois (2) anos que eu corajosamente me aventurei no território vicioso que é Londres de Sadiq Khan (e só veio a piorar desde então) e de lá resgatei um HTC Vive - e isso mudou a minha vida para sempre.</div>
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Ontem veio cá um senhor da UPS e deixou uma caixa branca em troca da minha assinatura:</div>
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<a href="https://4.bp.blogspot.com/-tkBlKlqrWLo/W1f4ADfjHgI/AAAAAAAAAWY/NYXNslGzLwkbrtifyMmUtcGvwQCvq7kFQCLcBGAs/s1600/IMG_20180725_015252%255B1%255D.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="900" data-original-width="1600" height="180" src="https://4.bp.blogspot.com/-tkBlKlqrWLo/W1f4ADfjHgI/AAAAAAAAAWY/NYXNslGzLwkbrtifyMmUtcGvwQCvq7kFQCLcBGAs/s320/IMG_20180725_015252%255B1%255D.jpg" width="320" /></a></div>
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Uma vez que não tenho espaço para usufruir da área de jogo alargada da nova versão, mandei vir só o HMD, que é indissociável da Link Box, e continuo a usar os comandos e os Lighthouses da versão anterior.</div>
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Portanto, vamos lá a comparar as duas versões:</div>
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<a href="https://1.bp.blogspot.com/-fkrA1olgn3g/W1f4IQGZ9AI/AAAAAAAAAWc/vnhpiUO8ZE86aQm4uvcpSBKKr61ObArzACLcBGAs/s1600/IMG_20180725_015929%255B1%255D.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="900" data-original-width="1600" height="180" src="https://1.bp.blogspot.com/-fkrA1olgn3g/W1f4IQGZ9AI/AAAAAAAAAWc/vnhpiUO8ZE86aQm4uvcpSBKKr61ObArzACLcBGAs/s320/IMG_20180725_015929%255B1%255D.jpg" width="320" /></a></div>
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A proverbial brochura anuncia, com grande pompa e circumstância, que o novo modelo é mais pequeno, mas, como podeis ver, não por muito. No entanto, a mesma brochura reclama que a distribuição do peso do novo HMD é tanto melhor que o aparelho parece mais leve de usar - e, realmente, tenho que concordar; o novo "capacete" parece, de facto, mais leve que o anterior. No entanto, ao passo que a versão original trazia uma tira (enfim, um pequeno arnês) de tecido elástico com que se segurar, a nova versão traz um suporte semi-rígido, o que resulta num aparelho aparentemente mais volumoso, apesar das suas dimensões (mais) reduzidas.</div>
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Ora, essa mesma tira semi-rígida, que se ajusta com um parafuso que a alarga ou retrai, em vez de empregar fechos de Velcro, como a anterior, é agora acolchoada e extremamente confortável. Como bónus, este aparato inclui auriculares articulados que, em princípio, devem servir a toda a gente que não tenha uma cabeça esquesita (por fora; por dentro podeis ser tão esquesitos quanto quiserdes que o HTC Vive Pro servir-vos-á igualmente bem). Estes mesmos auriculares, a princípio, fizeram-me torcer o nariz, habituado que estou a usar auriculares de silicone, mas que me rapidamente me convenceram; não só o som é melhor que o que eu esperava como também o conforto é surpreendente. Não primam, no entanto, pelo isolamento acústico que providenciam, e, por serem tão articulados, torna-se necessário acertá-los bem antes de começar a usar o dispositivo; caso contrário os cliques e estalidos das articulações a "descobrirem" a posição ideal chateiam um bocado.</div>
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Os écrans, de acordo com as especificações técnicas, são 0.1 polegadas mais pequenos que os da versão anterior, mas, em minha opinião, o mesmo não faz diferença. Diferença faz, sem dúvida, a resolução mais elevada, que finalmente permite ler as letras pequeninas em VR - e já não era sem tempo. Não é o fim definitivo do efeito de malha que o Vive original impunha à imagem, mas é certamente uma malha muito mais fininha. No lado negativo, à semelhança do que acontecia com o aparelho original, a peça que separa os dois écrans deixa-se corar pela luminosidade dos écrans, e surge visível no canto do olho, o que aborrece - talvez ter lá posto uma unha de Vantablack, HTC...</div>
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Em termos de conforto, o aparelho permite maior controlo sobre a distância interpupilar, permitindo precisar valores que a versão anterior abrangia, mas não especificava. Os écrans podem, tal como dantes, ser puxados à frente ou atrás. A máscara que assenta na cara é tão macia como a sua predecessora e, apesar das revindicações de que assenta na cara melhor, não encontrei grande melhoria nesse campo - o que, de mais a mais, não era particularmente necessário. A versão anterior, apesar de poder ser usada com óculos graduados, frequentemente mos "agarrava", tirando-mos da cara quando eu tirava o aparelho; já a nova versão parece ser mais acomodativa. Postos todos os melhoramentos juntos, o aparelho torna-se, de facto, mais confortável de usar por períodos mais alargados, mas, ao fim desse período, torna-se mais desconfortável mais depressa - ou seja, não excedam o limite recomendado, fazei pausas e, se vos sentirdes mal, jogai noutro dia (e todas essas coisas que a literal brochura diz). Direi, no entanto, em jeito de crítica, que, ainda menos que o modelo anterior, o novo não permite tê-lo colocado, mas puxado para cima, para comutar rapidamente entre a realidade virtual e a realidade chata em que estou fechado neste escritoriozeco minúsculo cá em casa com as paredes mal pintadas de cores estúpidas e mais a porcariada da tartaruguinha - mas que raio estava eu a pensar quando alugei este pardieiro!?</div>
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... </div>
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(não liguem; é um efeito colateral frequente de se sair da Realidade Virtual; já passa...)</div>
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Ora, como eu dizia, nem o modelo anterior nem este permitem comutar rapidamente entre realidades, sendo incontornável o "tempo morto" de pegar no aparelho, ajustá-lo bem, apalpar em redor à procura dos comandos e pegar neles.</div>
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<br /></div>
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Confirmo igualmente que não detectei nenhuma quebra de performance em comparação com o modelo anterior, apesar de não ter mudado mais nada em termos de hardware - e o meu CPU é um Intel 2700K de 2011, ou seja, nada particularmente recente; tanto, aliás, que, em 2016, o aplicativo da HTC que avaliava o sistema e dizia se suportava o Vive ou não advertia que VR podia ser areia demais para a camioneta do meu CPU - curiosamente, no entanto, a versão mais actual reconhece que o meu CPU chega e sobra para VR. Convém, se calhar, dizer que a minha gráfica é uma GTX 1070, comprada na mesma semana em 2016 que o meu Vive (e na mesma rua, mas não na mesma casa).</div>
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<br /></div>
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E agora, a questão que adivinho estar mais fremente nas vossas mentes...</div>
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Suporte para a Bimby: não tem.</div>
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Numa apreciação final, por um lado, muito boa onda da HTC de se ter lembrado dos early adopters e não nos ter obrigado a comprar hardware redundante só para poder ter melhor imagem (sim, eu sei; depois de tudo o que estive para aqui a dizer, tal afirmação é quase criminosamente sobre-simplista, mas, no fundo, é essa a diferença mais significativa); por outro, fico com a impressão de que a HTC sub-valoriza o valor do hardware de que nos permite prescindir, e não posso, em boa consciência, dizer que este upgrade "vale todos os cêntimos que custa". Posto isto, não me arrependo da compra.</div>
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Direi mesmo mais: para quem está interessado em aventurar-se na terra do VR, mas estava reticente em comprar "a primeira porcaria que chegar ao mercado", tem agora um produto mais refinado, e o pacote completo, atrevo-me a dizer, vale todos os cêntimos que custa.</div>
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Pax vobiscum atque virtual. </div>
ArabianSharkhttp://www.blogger.com/profile/17324692428959637350noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-13445046.post-42960489512845032992018-06-20T20:42:00.002+01:002018-06-23T17:48:05.200+01:00Falando de coisas importantes (credo, não...!)Vocês conhecem o <a href="http://www.wish.com/">Wish.com</a>?<br><br>
<b>Se NÃO:</b><br><br>
- 'Tá <a href="http://www.wish.com/">aqui</a>... é tipo o Amazon, só que... não exactamente...?<br><br>
<b>Se SIM:</b><br><br>
- E que tal?<br><br>
Pax vobiscum atque vale (e dois ovinhos estrelados, que hoje sinto-me generoso).ArabianSharkhttp://www.blogger.com/profile/17324692428959637350noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-13445046.post-25028761864517870682018-04-30T01:51:00.002+01:002018-05-04T17:51:47.051+01:00Avengers: Infinity War - Part I (uma crírica sem spoilers)Não vos vou mentir; o universo cinemático da Marvel é a minha fanchise cinematográfica favorita do momento e, para não perder pitada, obriguei-me a ver até os filmes em que não tenho grande interesse como preparação (nomeadamente, ambos os filmes dos Guardiães da Galáxia, que não são maus, mas, no meu entender, também não são os melhores da franchise, e os "Black Panther", que é, no meu entender, o pior da franchise).<br />
<br />
Mas este é bom. É preciso conhecer as personagens todas de antemão, porque esta franchise tem-se vindo a construir ao longo dos últimos dez (10) anos*, e o filme não está para repetir o que deviam ter estudado em casa**. Para entenderdes as diferentes relações entre as várias personagens e o status quo do universo do filme quando este começa, tereis de ter, pelo menos, um entendimento superficial dos filmes que o precedem**. Cumpridos estes requisitos, estais prontos para desfrutar do culminar de uma década de cinema.<br />
<br />
Desde o primeiro momento que o filme não se ensaia nada em misturar personagens de diferentes filmes, exacerbando, deliberadamente, os contrastes entre os diferentes tons dos diferentes filmes e das personagens que os protagonizam, tentando - aliás, com bastante sucesso - criar com isso algo belo. Nesta questão, tenho que salientar ainda que o filme, respondendo às preces de montanhas de fãs, mostra-nos finalmente as interacções entre os personagens mais loquazes dos seus respectivos filmes, produzindo drama, comédia e acção em iguais medidas, enquanto salienta as diferenças entre acturos cujos nomes viémos a idolatrar, exacerbando, ao mesmo tempo, as diferenças entre não só as personagens como também os actores que as interpretam e entrelaçando os melhores fios do novelo de cada um numa tapeçaria deslumbrante.<br />
<br />
O filme não se poupa ao rótulo de "um filme de acção", oferecendo cenas visualmente espectaculares e momentos "Fuck Yeah!" amiúde, permeados com "piscadelas de olho" aos fãs acérrimos dos filmes e das bandas desenhadas - tenho a impressão de que o General Peres ia gostar deste filme.<br />
<br />
Folgo em constatar e anunciar que este filme rejeita firmemente todos os avanços corrosivos da justiça social - os membros do elenco de diferentes raças, sexos, etenias, orientações e espécies são o que são (o que tem vindo a ser estabelecido) e não são o que não são (tokenismo, acção afirmativa, "progresso" a bem do próprio "porgresso", etc.). Não há linhas marcadas entre etno-estados, ideologias sociais, teoria de géneros (seja lá isso o que for), supremacia racial ou outras coisas feias. E, por mais que pense, não consigo lembrar-me de ninguém que tenha cabelo roxo. A Nebula tem pele azul, a Gamora tem pele verde e o próprio Thanos é arroxeado, mas não tem cabelo.<br />
<br />
Mas, guardando o melhor para o fim, direi que o maior sucesso deste filme é criar (enfim, apresentar) um antagonista quase "amável", infinitamente distante do arquétipo do "mau" que é mau só porque nasceu mau, e mesmo mais interessante ainda que o vilão movido por um desejo egoísta que se sobrepõe à moralidade e à ética; ao invés, este vilão acredita piamente na virtude do seu objectivo ulterior, faz-se sofrer com os sacrifícios a que se obriga e reconhece o valor dos seus adversários (mas mais não digo). É muitíssimo mais interessante que um "mauzão" que escarnece abertamente do melhor dos seus inimigos enquanto retorce o bigode com uma gargalhada sardónica - digo eu, com os nervos.<br />
<br />
No lado negativo, o filme só acaba para o ano, mas, antes de pausar até então, deixa a sua própria história bastante "arrumadinha", sem os cliffhangers de que a televisão se sustinha nos anos 60 (e mais tarde...), pronta a ser continuada até à sua conclusão em 2019.<br />
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Recomendado!<br />
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Pax vobiscum atque vale.<br />
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* É verdade; o "Iron Man", que deu início a esta história toda, saiu em 2008. Agora para um bocadinho de contexto, desde 2008, acabei um curso universitário, tirei a carta de condução, mudei-me para outro país, matriculei-me noutra universidade, desisti de outro curso universitário, deisiti de mais de duas décadas de sonhos acumulados, voltei à terra natal, debati-me com uma depressão clínica, arrendei dois apartamentos, tive três empregos, comprei um automóvel e rapei o cabelo (não nesta ordem, mas lá perto). Entretanto, o Robert Downey Jr. continuou a ser o Iron Man - e cada vez mais cheio de pinta!<br />
<br />
** Queria ter escrito aqui que não é preciso ver absolutamente todos os filmes da Marvel desde 2008, e listar a seguir só os filmes que oferecem informação indispensável à compreensão de rigorosamente tudo o que se passa neste filme, mas cheguei à conclusão que afinal não; se quereis ser capazes de devorar as entrelinhas do filme sem deixar de compreender uma sílaba que seja, tereis mesmo de os ver todos. Mas, ao menos, ofereço-vos uma checklist:<br />
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- <a href="https://www.imdb.com/title/tt0371746/?ref_=tt_rec_tt">Iron Man (2008)</a><br />
- <a href="https://www.imdb.com/title/tt0800080/?ref_=tt_rec_tt">The Incredible Hulk (2008)</a><br />
- <a href="https://www.imdb.com/title/tt1228705/?ref_=tt_rec_tt">Iron Man 2 (2010)</a><br />
- <a href="https://www.imdb.com/title/tt0458339/?ref_=tt_rec_tt">Captain America: The First Avenger (2011)</a><br />
- <a href="https://www.imdb.com/title/tt0800369/?ref_=tt_rec_tt">Thor (2011)</a><br />
- <a href="https://www.imdb.com/title/tt0848228/?ref_=tt_rec_tt">The Avengers (2012)</a><br />
- <a href="https://www.imdb.com/title/tt1300854/?ref_=tt_rec_tt">Iron Man 3 (2013)</a><br />
- <a href="https://www.imdb.com/title/tt1981115/?ref_=tt_rec_tt">Thor: The Dark World (2013)</a><br />
- <a href="https://www.imdb.com/title/tt1843866/?ref_=tt_rec_tt">Captain America: The Winter Soldier (2014)</a><br />
- <a href="https://www.imdb.com/title/tt2015381/?ref_=tt_rec_tt">Guardians of the Galaxy (2014)</a><br />
- <a href="https://www.imdb.com/title/tt2395427/?ref_=tt_rec_tt">The Avengers: Age of Ultron (2015)</a><br />
- <a href="https://www.imdb.com/title/tt0478970/?ref_=tt_rec_tt">Ant-Man (2015)</a><br />
- <a href="https://www.imdb.com/title/tt1211837/?ref_=tt_rec_tt">Doctor Strange (2016)</a><br />
- <a href="https://www.imdb.com/title/tt3498820/?ref_=tt_rec_tt">Captain America: Civil War (2016)</a><br />
- <a href="https://www.imdb.com/title/tt3501632/?ref_=tt_rec_tt">Thor:Ragnarok (2017)</a><br />
- <a href="https://www.imdb.com/title/tt2250912/?ref_=tt_rec_tt">Spider-Man: Homecoming (2017)</a><br />
- <a href="https://www.imdb.com/title/tt3896198/?ref_=tt_rec_tt">Guardians of the Galaxy Vol. 2 (2017)</a><br />
- <a href="https://www.imdb.com/title/tt1825683/?ref_=tt_rec_tt">Black Panther (2018)</a>ArabianSharkhttp://www.blogger.com/profile/17324692428959637350noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-13445046.post-88623876602088425332018-04-11T11:20:00.000+01:002018-04-11T11:20:03.602+01:00Star Wars - Episode VIII: The Last Jedi (uma crítica)Aqui há uns anos, quando a saga Star Wars foi revitalizada, escrevi uma crítica do então mais recente filme. Se não se lembram (ou se têm vontade de ler mais patranhas escrevinhadas por mim), está <a href="https://disco-bar.blogspot.pt/2015/12/">aqui</a>.<br />
<br />
Ora, este mais recente filme não foi lá muito bem recebido, de maneira que, quando ainda estava no cinema, fui adiando, adiando, adiando, até que, esta semana, quando o filme já passou completamente da atenção do público, lá me lembrei de ver o filme.<br />
<br />
Antes de avançar, falemos brevemente dos elefantes na sala (há vários; deve ser uma sala enorme): como já lá vão perto de quatro meses desde que o filme saiu, não vou ter grande cuidado com spoilers (e o mesmo se aplica ao "Rogue One", que virá à baila e tem mais um ano que o filme de hoje); se ainda não viram o filme, o mais certo é já nem o verem ou, se o vierem a ver, já não se devem ralar grandemente com spoilers. Quando não, passem esta posta adiante. Por outro lado, agora que já uma série de críticas, reações e acusações foram lançadas ao filme, estou em posição de aproveitar para me pronunciar sobre elas.<br />
<br />
E comecemos por aí, antes de mergulharmos no filme propriamente dito em mais pormenor. Itemizando:<br />
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* "A missão do Finn é inútil, infrutífera e não contribui nada para a história!" - É preciso dar a mão à palmatória; esta crítica é perfeitamente válida. A única coisa para que todo esse arco serve no long run é para estabelecer a última cena do filme com o catraio e a vassoura, que também é mais ou menos inútil. Poder-se-ia argumentar que serve igualmente para estabelecer a personagem interpretada pelo Benício del Toro (se recebe nome, nem sequer o memorizei), e que esta pode ser que volte no próximo filme, mas, afinal de contas, tudo o que aprendemos acerca dele podia perfeitamente caber no próximo filme, se ele voltar. Um argumento melhor, em minha opinião, seria que, ao explicar que certos mercadores de armas vendem tanto à Primeira Ordem como à Nova República, o filme sugere nem todos os maus são completamente maus, à semelhança da maneira que o Rogue One tinha sugerido que nem todos os bons são completamente bons, mas, mais uma vez, isso caberia noutro lado qualquer.<br />
* "Agora a Força permite fazer 'X'!? Nunca antes se viu!" - Não concordo. Ou antes, de acordo, o filme mostra novos poderes da Força, mas, na sua generalidade, apesar de serem inéditos não são implausíveis no meio da história a que já nos habituámos, e não esquecer que não só ainda não sabemos nada acerca do Snoke e das suas capacidades (e agora também já é tarde...) como também a presença tanto da árvore dos Jedi como do olho do cú da Força (e, se já viram o filme, não finjam que não sabem de que é que eu estou a falar...!) certamente pode potenciar as habilidades daqueles que já são sensíveis à Força (ou prodígios da Força; o filme não se deu ao trabalho de explicar e passou a batata para diante). Quanto à Mary Poppins - in SPAAAAAACEEEE - de acordo, é ridículo ao extremo.<br />
* "Este filme é feito para SJWs!" - Eeehhh... não cheguemos a tanto. O filme tem mais que um cheirinho de "justiça social" (uma almirante de cabelo roxo... too soon, man!), mas também não é preciso exagerar. De acordo; há mais mulheres a tomarem protagonismo que nos seis filmes anteriores, mas até eu, que, aparentemente, sou um Nazi extrema direita pior que o Putin, afirmo que isso não é necessariamente mau. Afinal de contas, a Rey, por exemplo, é uma personagem interessante e bem construída (não exactamente extensivamente construída, mas nada de fundamentalmente errado com ela), e grande parte das cenas mais apelativas do filme envolvem ou centram-se nela. Para além disso, não tenho nada a dizer da prestação da actriz Daisy Ridley. Por outro lado, a almirante Holdo (e sim, tive que ir ao IMDb para não a chamar "Voldo", o que, associado às espadas-chicote dos guardas reais, me convence de que alguém neste filme é um grande fã de Soul Calibur )...<br />
<br />
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Sabeis que mais? Escrevi um parágrafo inteiro a explicar que é má prática sacar do anonimato uma personagem aparentemente extremamente importante, imediatamente a conduzir à posição de autoriade máxima e depois removê-la para sempre, mas, à medida que escrevia, fui-me lembrando que é mais ou menos isso que acontece com a personagem Delores Umbrige, do livro (e filme) "Harry Potter and the Order of the Phoenix" (o quinto), e que a Delores não era má persongem (era só uma personagem má). Seria isso a diferença? Será que isso só resulta para vilões? Não creio, até porque a Holdo não é exactamente sem um certo carácter "vil". Será porque a personagem me irrita? Certamente que não, que mais irritante que a Delores não é exactamente fácil, e este filme não está suficientemente bem escrito para isso (recordemos que a Delores era uma personagem deliberadamente irritante em várias frentes). Porventura será porque a personagem é deliberadamente obtusa ao insistir em não revelar o seu plano, mesmo durante um motim, sonegando completamente a hipótese de uma resolução pacífica? Muito provavelmente, sim, é isso. E, já agora, que a única característica memorável da personagem seja o raio do cabelo roxo não ajuda. Revisitaremos esta personagem mais tarde, mas terminemos este tópico com uma última questão: todos os líderes dos "bons" são mulheres (o Poe não conta, já que a primeira coisa que lhe acontece é ser despromovido) e todos os líderes dos maus são homens (e a Phasma não conta, já que foi estabelecida no filme anterior e despachada em duas penadas neste como se fosse um banal Stormtrooper que tivesse sido atropelado por uma enceradora particularmente insistente imediatamente antes de chegar ao combate) - não posso dizer que ache bem.<br />
* "The MRA Cut" - Aí está um excelente exemplo de reaccionarismo exagerado. Para quê, senhores? É cometer o mesmo crime de que se acusa outrém, mas exactamente ao contrário: disparate...<br />
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Agora então com mais pormenor:<br />
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A primeira cena do filme contém um rol de "contra-ordenações" de diferentes naturezas e variantes gravidades. Uma coisa que me chamou à atenção foi um plano em movimento que se concentra, num só take, em diferentes personagens, uma de cada vez, na ponte do Dreadnaught - não é que tenha alguma coisa contra este plano ou planos do mesmo género, mas acho que não se enquadra nada com a cinematografia que já viemos a esperar de um Star Wars. É impossível não reparar nos membros da tripulação dos bombardeiros que, aparentemente, décadas depois de computadores de controlo de tiro que só ficam atrás da Força em termos de exactidão, têm que largar manualmente as bombas sobre o alvo... expostos aos rigores do vácuo do espaço... frequentemente sem sequer uma máscara. Para completar a ladaínha de queixinhas "técnicas", de onde vem a gravidade que faz com que o comando das bombas (porque ainda não havia ridicularia que chegasse) caia pelas escadas abaixo? Aliás, de onde vem a gravidade que impede a fulana que tanto pontapeia a escada de simplesmente "flutuar" até ao topo da mesma? E, voltando ao um ponto de vista cinematográfico, quem era essa fulana? Escusais de me dizer que viríamos a saber que era a irmã de uma outra personagem que salta do anonimato, não faz nada da importante, produtivo ou consequente e desaparece no fim; a questão é que, no momento em que o filme quer fazer grande alarido do sacrifício dela, não temos absolutamente nenhum investimento nela, nenhum motivo para sentirmos um pingo que seja de mais emoção por ela que por qualquer um dos igualmente anónimos membros da metade da frota que se perdeu nesse ataque - mas temos uma cena de altíssimo perigo dedicada quase inteiramente a ela. E, quanto à questão do "perigo", vamos lá a entender uma coisa: No *fim* do Episódio IV, existe o "perigo" de os rebeldes não conseguirem destruir a Estrela da Morte e de patinarem todos de vez. Em princípio, não acreditamos, mesmo da primeira vez que vemos o filme, que isso possa realmente acontecer, mas só por causa da mania de que os bons ganham sempre no fim, com raras excepções, como no Rogue One (spoiler alert), em que os perigos se confirmam quase todos e toda a gente patina no *fim* (quanto mais não seja, para não ter que explicar como é que essa tropa toda sobrevive e nunca mais se ouve falar deles). Agora, se o "perigo" nos primeiros 10 minutos do filme é o de se perder quase a totalidade de uma das facções antagonistas do filme, só mesmo um garotinho de 6 anos (e o filme é para maiores de 12) é que não se apercebe que, se os bons (os bons, ainda por cima!) quinarem já todos não sobra nada para encher o resto das duas horas e meia de filme. Portanto, vamos lá a não insultar a audiência e deixar as cenas de alta tensão para quando se justificam, OK? Por outro lado, o engonhanço do Poe, e mesmo o resto dessa batalha, sobretudo a nível visual, não deixam nada a desejar - excepto, lá está, a cena da Mary Poppins - in SPAAAAAACEEEE, que é ridícula até ao infinito e mais além.<br />
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Apercebi-me, antes mesmo do final da primeira cena, que se continuasse a apontar tudo o que achava mal no filme, ia passar o filme todo a escrever, por isso decidi antes tentar apreciar o filme numa perspectiva mais global, mas mesmo isso não é nada fácil, porque o filme parece ser feito de dois filmes completamente diferentes, retalhados e recosidos um ao outro até não se poderem dissociar completamente, mas fundamentalmente distintos um do outro. Por um lado, as cenas da Rey com o Luke e com o Kylo Ren, acompanhando o treino dela no planeta do Luke, e depois o confronto com o Lorde Snoke e o Kylo Ren estão muito interessantes e bem feitas. Por outro lado, a história da frota rebelde a fugir da Nova Ordem enquanto o Finn e a Rose procuram ajuda, parecem pertencer a outro filme, menos interessante e francamente muito menos bem escrito. Infelizmente, não se pode fazer um filme inteiro só da história da Rey e do Kylo Ren, uma vez que a perseguição aos rebeldes é um elemento fulcral dos dois filmes, sobretudo porque o fim do confronto entre a Rey, o Kylo Ren, o Snoke e os guardas reais é um excelente momento para acabar o filme - não abruptamente, mas de forma semelhante à do Episódio V - depois do confronto com o Darth Vader, só temos mesmo que saber como é que o Luke sai dali e o filme pode perfeitamente acabar - e acaba, mas este não. Também não quero dizer com isto que o último acto, na base fortificada, não esteja bem - muito pelo contrário - mas deveria ser o terceiro acto de outro filme, em vez de ser o quarto acto que tenta suplantar o culminar de um filme que, francamente, se assemlha melhor. Quanto ao "Filme B", não querendo condenar completamente o arco da história que se passa no cruzador em fuga, tenho que lhe levantar uma série de acusações sérias: não só a intriga depende inteiramente de um capricho estúpido de uma personagem estúpida que me fez detestar retroactivamente todas as personagens interpretadas pela Laura Dern de que algum dia gostei (tanto uma como a outra), como é constantemente atormentada por uma gravíssima falta de C-3P0 - o pobre droid é uma das duas únicas personagens que atravessam rigorosamente todos os filmes e mal tem meia dúzia de falas no filme todo (ao menos dão-lhe a hipótese de dizer as probabilidades de alguma coisa - mais ou menos).<br />
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Conforme prometido, tenho que voltar a insistir na questão desta almirante Holdo. Ela não tem rigorosamente nenhum motivo válido para não explicar o plano a ninguém. Ao invés, antagoniza aberta e constantemente o Poe que, apesar de ter sido despromovido, é, claramente, um dos combatentes mais capazes da rebelião, tanto tecnicamente enquanto piloto como intelectualmente enquanto estratega, e mesmo confrontada com um motim recusa-se terminantemente a simplesmente explicar-lhe que a ideia é esconderem-se e fazer o inimigo crer que ganhou - é um disparate! Mesmo a própria Leia, cujo passado advém sobretudo de posições diplomáticas (não esquecer que a razão pela qual era ela a traficar os planos da Estrela da Morte era o facto de ter imunidade diplomática enquanto representante de Alderaan), prefere dar um tiro ao Poe assim que acorda do coma a falar com ele. Finalmente, dada a facilidade com que o Poe aceita o plano quando, finalmente, lho revelam, confirma que não havia motivo para pensar que ele se teria oposto antes, se ao menos se tivessem dignado a dizer-lho, em vez de lhe esfregarem na cara a todo o momento que, apesar de serem mulheres, mandavam nele, que já nem sequer tinha a mesma patente que no princípio do filme, portanto ele que verificasse o seu privilégio porque a patriarquia está morta - ou, se calhar, sou eu a ler demasiado no raio do cabelo roxo. O resultado é que essas cenas deixam um gosto amargo na boca de quem está a ver o filme, recaíndo nas asneiras dos episódios II e III, que acharam boa ideia trocar acção e demonstrações de poderes da Força por discussões parlamentares no senado da galáxia - em vez de, por exemplo, fazerem alguma coisa na veia da perseguição ao Millenium Falcon do Episódio V ou mesmo da fuga de Naboo do Episódio I (vá lá, admitam que, até Dezembro passado, nunca esperariam ver o Episódio I usado como um exemplo positivo!), deram-nos uma série de quezílias que poderiam perfeitamente ter-se passado numa casinha de campo no meio de um prado verdejante de Inglaterra sem fazer grande diferença. Simultaneamente, o Finn e a Rose andam a deambular numa caça aos gambuzinos que não afecta o decorrer do filme em absolutamente nada.<br />
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Finalmente, o confronto final, se não fosse o facto de se passar imediatamente depois de outro confronto final (que, evidentemente, afinal não era final) teria sido um excelente final do seu filme. É o tipo de batalha terrestre a que a triologia prequela nos habituou mais até que a triologia clássica, apesar de se assemelhar mais à batalha em Hoth do Episódio V (se bem que, desta vez, não é na neve; é no sal, e só faço a distinção porque o soldado que prova o chão vem identificado nos créditos como "Resistance Trench Sergeant 'Salty'"). Não é perfeita, sobretudo porque a manobra da Rose, ao impedir o Finn de se sacrificar, é estúpida, na medida em que não só resulta no sacrifício dela como não beneficia a sua facção em nada (antes pelo contrário, a não ser que aceitemos que deixar a Nova Ordem penetrar o último reduto dos rebeldes é um preço aceitável em troca de não termos que aturar mais as pancadas da Rose), já para não dizer que, para ela ser capaz de primeiro abandonar o que, ostensivelmente, seria a rota mais curta até ao canhão para depois vir a surgir mais à frente que o Finn, que se manteve na mesma rota, ela deve, necessariamente, ser capaz de distorcer o tempo-espaço (e, mesmo assim, não foi capaz de sabotar devidamente a maneira da Primeira Ordem os seguir).<br />
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Mas, visualmente, por exemplo, o filme está muito bom. O comic relief é, no lado negativo, talvez demasiado insistente, mas, de resto, perfeitamente adequado. Grande parte - a maior parte, aliás - do elenco portou-se muito bem. Os vilões, que tinham sido pouco mais que apresentados no filme anterior, vêm a desenvolver-se um pouco mais, mas mesmo isso não vem isento de falhas: eliminar o Snoke nesta altura do campeonato deixa duas hipóteses, nenhuma das quais particularmente apelativas - ou o Snoke "resuscita" a tempo do próximo filme graças a um qualquer "deus ex-machina" que nos fará torcer o nariz de Dezembro a um ano ou desaparece completamente da história, deixando em aberto todas as questões que permanecem sobre ele. Podeis dizer que não sabemos muito mais acerca das origens Imperador de ambas as triologias que acerca as do Snoke, mas recordemos que, no começo do Episódio I, ele já faz parte do que está estabelecido e, no princípio do Episódio IV, se descartarmos a triologia prequela, estamos na mesma situação; caso contrário, temos um vilão devidamente estabelecido. Mas, no Episódio VII, apesar de conhecermos mais ou menos intimamente a história da galáxia, não sabemos de onde veio esta personagem ou, talvez mais importantemente, onde andava ele durante os 6 filmes anteriores - e isso faz-me falta. Mesmo assim, o design das novas naves da Primeira Ordem, e sobretudo os interiores polidos e imponentes, é muito agradável, e as cenas mais gráficas do filme são muito satisfatórias, perfeitamente na veia de tudo o que era bom nos melhores filmes de Star Wars. Infelizmente, abusa do truque de "abafar" o som em prol da música no desnelace de um momento "épico", o que não deve, digo eu, ser usado mais que uma vez no mesmo filme; se não, torna-se uma coisa banal, trivializa o momento e acaba por ter o efeito oposto ao desejado.<br />
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Quando falei do filme anterior, critiquei, com o proviso de que as minhas acusações se justificavam com o seu carácter nascente, o vilão, Kylo Ren. Noutra ocasião, terei mesmo questionado a adequação do actor à personagem. Poderei mesmo ter dito que tinha "cara de parvo" (pelo que devo um pedido de desculpas ao actor Adam Driver, uma vez que estou agora mais familiarizado com o seu trabalho e posso afirmar com toda a certeza que a sua "cara de parvo" se deve à caracterização). Conforme tinha previsto, a personagem cresce neste filme, deixando de ser, em grande medida, o "puto mimado" que era no filme anterior e atravessando períodos de grande crescimento pessoal. O facto de o próprio filme reconhecer que o Kylo Ren não é nenhum Darth Vader e de lhe "tirar" a máscara, em minha opinião, resultou muito bem. Se, no próximo filme, lhe concederem o direito a um corte de cabelo em condições, prevejo que teremos um vilão em termos.<br />
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Ora, deitar abaixo é fácil, sobretudo quando o filme não é lá muito bom, mas eu proponho-me ir mais longe e, ao invés das centenas de milhar de fãs que assinaram a petição para a Disney remover este filme do cannon, arranjar maneira de o compor:<br />
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Primeiro: separar o filme em dois. Eu sei, não é fácil. Não é mesmo nada fácil, mas eu tenho uma proposta. O maior obstáculo em dissociar a perseguição das cenas da Rey é o quarto acto, que junta as duas histórias. Faz falta um intervalo de tempo implícito, e não tem que ser extenso - bastava um dia ou dois, para o Kylo Ren recuperar o fôlego - mas isso é só o primeiro passo.<br />
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Estamos agora perante dois filmes, que sucedem em paralelo durante o mesmo espaço de tempo, mas paralelamente. Ao filme 'A', chamarei, provisoriamente, "A História da Rey" e ao filme 'B' "A Outra História", porque me recuso a chamar-lhe "A História da Voldo".<br />
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"A História da Rey" começa onde o filme anterior acabou. O arco A prende-se com a Rey e o Luke, desenvolvendo o treino dela para lá de sentar-se num calhau e sentir a Força; gostei de reticência que o Luke demonstra em treiná-la (afinal o Yoda também se tinha recusado a treinar o Luke, e por motivos semelhantes, e ter que este último lhe tenha aparecido como o Obi-Wan Kenobi tinha feito antes caiu-me muito bem), mas a coisa podia ter evoluído, e dado o ambiente que o filme se deu ao trabalho de estabelecer, podia ter dado azo a cenas de treino semelhantes às do Episódo V, mas novas e, por ventura, mais estimulantes. O confronto físico entre o Luke e a Rey, muitíssimo para lá da "alucinação" do Luke na caverna de Dagobah, poderia perfeitamente ter servido de ponto de partida para que o Luke ensinasse à Rey o que tivesse aprendido de combate com um sabre de luz durante os anos em que tentou treinar uma nova geração de Jedis. Aparte disso, o Chewbacca também estava com eles, e podia perfeitamente ter tido mais tempo de écran. Entretanto, o arco B concentra-se no Kylo Ren, no seu amadurecimento e na recuperação dos seus ferimentos. Salvaguardaremos a sua participação na batalha inicial da perseguição para o "outro" filme, mas veremos a sua perspectiva da perseguição. É também uma oportunidade para o Snoke revelar a sua história, através de um paralelo com o treino da Rey, durante o qual vai treinando o Kylo Ren. Semelhantemente, os diálogos entre o Kylo Ren e a Rey podem ser aprofundados com trocas de impressões acerca dos respectivos treinos, afastando-os das filosofias essencialmente light-side ou dark-side dos seus mestres, reforçando a noção de que algum deles mude de facção, como veio a ser indiciado. No terceiro acto deste filme, a Rey confronta o Kylo Ren e o Snoke, o que culmina na batalha que vimos, e o filme termina com a Rey, tendo encontrado o Finn, a Rose e o BB-8 (go with it...) a juntar-se à resistência no bunker e o Kylo Ren a estabelecer a sua liderança sobre a Primeira Ordem.<br />
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"A Outra História" começa onde começa o filme que estamos a tentar emendar, com a evacuação da base dos rebeldes e a batalha que se segue. O Kylo Ren lidera um ataque sobre o cruzador principal, não se consegue forçar a matar a mãe (gostei desse pormenor; enquadra-se bem no que o filme já tinha estabelecido acerca dele), mas isso não impede o ataque dos outros membros do esquadrão. A Leia morre, não só porque isso nos poupa à Mary Poppins - in SPAAAAAACEEEE, mas também porque, com a morte do Han no filme anterior e do Luke no final deste filme (e, porque não, da actriz Carrie Fisher, que tinha toda a razão quando dizia que o Trump não seria presidente enquanto ela fosse viva), se estes novos filmes se quisessem distanciar da triologia clássica (o que eu aplaudo; desbravai o vosso próprio caminho), não procederiam de outra forma. Uma almirante (concedo que seja uma senhora, desde que não tenha cabelo de cores estranhas - ruiva, loira, morena, negra, asiátia, latina, mestiça, ameríndia, arborígena, alienígena... com tanto e tão bom por onde escolher, para quê inventar!?) é nomeada para liderar a resistência. Concedo que esta entre em conflicto com o Poe, e mesmo que o desautorize, mas, ao menos, que lhe explique que o plano é abrigarem-se. Noutro gesto de afastamento dos clássicos, este filme concentra-se mais na fuga do cruzador enquanto tenta, por todos os meios, minimizar as perdas da frota, mais à semelhança do "Battlestar Galactica". Introduza-se um campo de asteróides esparso, por exemplo (nada que não já tenhamos visto no Star Wars), que introduza interferência nos sensores da Primeira Ordem e sirva de abrigo à frota, ainda que temporário, para equilibrar as probabilidades. O arco A prende-se com, do lado dos rebeldes, por um lado o dá-e-tira que o campo de asteróides confere na forma de alguma protecção, mas também perigos acrescidos; e, por outro, o desenvolvimento tanto do Poe como da almirante, à medida que discordam quanto a que medidas tomar face a cada problema, com um a defender uma resposta imediata vesrus um plano a longo prazo proposto por outro. Do lado da primeira ordem, estes conflitos são ecoados na forma, respectivamente, das medidas do Primeira Ordem para lidar com os asteróides, tanto na medida de se protegerem deles como de atacarem através deles, e das sucessivas disputas entre o General Hux e o Kylo Ren pelo controlo da frota. Entretanto, o arco B prende-se com o Finn, a Rose (se tiver que ser, seja) e o BB-8 que, desta vez, em vez de irem procurar o feiticeiro de Oz no fim da estrada de tijolos amarelos, arranjaram maneira de se infiltrar no dreadnaught (como? Então, por exemplo... lançaram-se numa cápsula de fuga para cima de um asteróide, depois fizeram figas com muita força para que ninguém do outro lado se lembrasse de rebentar com esse mesmo asteróide até estarem perto do hangar e depois, sem ninguém dar conta... mas agora sou que escrevo estes filmes!? É que a Disney não me paga nada - por enquanto!) e andam, por um lado, a sabotar os maus sempre que podem, e, por outro, a evitar ser descobertos, até serem capturados no final do segundo acto. No princípio do terceiro acto, que coincide com o fim d'"A História da Rey", a Rey, vinda do confronto com o Snoke e o Kylo Ren, encontra e liberta o Finn et al., e todos fogem em direcção ao cruzador da resistência. A comoção no dreadnaught dá aos rebeldes a oportunidade de que precisam para chegar ao planeta, mas a Primeira Ordem não se deixa enganar, e, assim que o Kylo Ren estabelece o controlo, avança em direcção ao planeta. Entretanto, os rebeldes empregam o tempo que o conflito entre o Kylo Ren e o General Hux lhes confere para fortificar devidamente a sua nova base. Sucese-se uma batalha em terra em tudo semelhante à do quarto acto do filme que queremos emendar e o filme acaba da mesma maneira.<br />
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É uma solução perfeita? Não, claro que não, mas é o melhor que consigo fazer assim de repente, sem arrasar com tudo o que o Rian Johnson fez e começar do zero. Recordai-vos do princípio popular entre os programadores: Garbage In, Garbage Out.<br />
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Pax vobiscum atque vale.ArabianSharkhttp://www.blogger.com/profile/17324692428959637350noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-13445046.post-60484469921509482302018-03-25T19:37:00.001+01:002018-03-25T19:37:34.965+01:00CM TV - "Cualidade" Máxima TVVou só deixar isto aqui...<br />
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<a href="https://2.bp.blogspot.com/-sYSw84TG5uc/WrfsDI5HmxI/AAAAAAAAAVc/-EEMnDn8hPYb1f6Y8sELBwpglm1RYjzNwCLcBGAs/s1600/IMG_3817.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1334" data-original-width="750" height="320" src="https://2.bp.blogspot.com/-sYSw84TG5uc/WrfsDI5HmxI/AAAAAAAAAVc/-EEMnDn8hPYb1f6Y8sELBwpglm1RYjzNwCLcBGAs/s320/IMG_3817.jpg" width="179" /></a></div>
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... e agora isto para mitigar os danos eventualmente causados às vossas almas pela imagem anterior.</div>
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<a href="https://3.bp.blogspot.com/-pIrvTXBdkEo/WrfsGPB9OCI/AAAAAAAAAVg/eabxX90F6YQMCOkPdLS8kOvGlUpjGyWdwCLcBGAs/s1600/imagesKitty_20big_20eye_small.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="412" data-original-width="549" height="240" src="https://3.bp.blogspot.com/-pIrvTXBdkEo/WrfsGPB9OCI/AAAAAAAAAVg/eabxX90F6YQMCOkPdLS8kOvGlUpjGyWdwCLcBGAs/s320/imagesKitty_20big_20eye_small.jpg" width="320" /></a></div>
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Pax vobiscum atque vale (e boa Páscoa, que já hoje é Domingo de Ramos).ArabianSharkhttp://www.blogger.com/profile/17324692428959637350noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-13445046.post-67217362485281649752018-01-08T20:25:00.003+00:002018-01-09T03:56:09.727+00:00Boicotemos os CTTTendes uma caixa do correio em vossa casa? Que lá achais?<br />
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Eu posso, com toda a certeza, afirmar que 95% de tudo o que pára na minha caixa de correio é lixo. Ou é publicidade ao Lidl ou à Worten (dois sítios que eu não recomendo a ninguém), ou a campanha eleitoral de algum candidato a autarca/vereador/deputado/ministro/presidente em quem eu não hei de votar (porque eu moro em S. João, mas voto em Viseu) ou cartas para o inquilino anterior (que não quer sequer que quem lhas manda saiba onde ele pára - não era uma pessoa honesta). Mesmo as cartas que cá vêm parar "legitimamente" (ou seja, são para mim e vêm em meu nome) são, na vasta maioria dos casos, bem, lixo outra vez - geralmente, facturas de serviços que eu pago por débito directo e que, em todo o caso, posso consultar online, fazendo gastar muito menos energia, dinheiro, tinta e papel.<br />
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Ocasionalmente, lá cai na caixa alguma coisa que eu quero, mas, mesmo assim, não é a coisa que lá cai, mas antes um papel a dizer que tenho que ir buscar a coisa a uma loja. Na maioria dos casos, essa coisa deveria ter-me-sido entregue em mão, se não porque não cabe na caixa do correio, então porque vem por correio registado e é necessário que eu assine o comprovativo de que recebi o que me era devido, mas o carteiro não está para se maçar a entregar cartas.<br />
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Ora, para ter que ser eu a ir buscar o meu próprio correio a algum lado não preciso que exista um carteiro - basta que alguém me diga, por telefone, e-mail, SMS ou grito na rua (eu sou flexível nesse aspecto), que está na altura de ir buscar o "correio". Aliás, nem me importo de ter que lá ir todas as semanas só para saber se tenho ou não correio, desde que não andem a tirar dos meus impostos para pagar a quem se recusa a trabalhar.<br />
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Infelizmente, que eu saiba, não existe maneira de prescindir dos serviços dos CTT em contrapartida de uma redução dos impostos, mas, pergunto eu: Por que não?<br />
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A sério, por quê? Para que raio ando eu a pagar os salários dos CTT?<br />
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- Para chegar a uma loja e me mentirem, obrigando-me, erroneamente, a ir a outra, do outro lado da cidade?<br />
- Para chegar à outra loja e deparar-me com 50 pessoas à minha frente, mas só 3 de 10 balcões a funcionar?<br />
- Para não ter onde me sentar durante mais de uma hora enquanto espero, nem onde possa comprar água ou comida, nem sequer uma casa de banho?<br />
- Para ter de atafulhar um parquímetro com quantos trocos tenho e mesmo assim não saber se estarei despachado antes de o tempo acabar?<br />
- Para, no fim disso tudo, ter que voltar à primeira loja?<br />
- Para, quando lá chego, já estar fechada?<br />
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Para o caralho que os foda a todos, digo eu!<br />
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Agora a preocupação fremente dos políticos deste país, se bem precebo, é convencer-nos de que o Trump é um lunático e de que os refugiados que andam a violar mulheres à desgarrrada na Suécia, na Alemanha e na França são bons e necessários para sermos multiculturais porque não se pode não ser isso, por um motivo qualquer que ninguém me explica, mas, quando esta pancada passar (disse ele, com uma cara 150% séria), o que eu queria mesmo era um processo, mediante o qual eu deixo de poder enviar ou receber cartas ou encomendas pelos CTT, mas também deixo de lhes pagar para não trabalhar.<br />
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Porque, sinceramente, pensai no que estamos a fazer: quase todos os membros da minha família imediata mais velhos que eu são, foram ou trabalharam como professores, e uma frase que me contam de repetir aos seus piores alunos é "se você fosse seu patrão, você despedia-se!". Adaptando, imaginai que sois patrões dos CTT e dizei-me que os não despedieies? É que eu mandava-os para a fila do IEFP tão depressa que a inevitável multa por excesso de velocidade lhes chegaria a casa antes mesmo deles terem acabado a sua viagem (naturalmente, porque não seriam eles a entregá-la).<br />
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É que mesmo que nos esqueçamos que os CTT representam, efectivamente, um monopólio, vejamos: um serviço qualquer medíocre, deixais de usar. Deixando de o usar, deixais de lhe pagar. À falta de pagamento, o negócio fracassa, pelo que os seus dirigentes e funcionários trabalham no sentido de melhorar o serviço. Mas os CTT são pagos - e é do vosso bolso; não julgueis que existe um fundo mágico para pagar especificamente a quem não quer trabalhar (se bem que...) - independentemente de terem utilização ou não. Mais: mesmo que houvesse uma alternativa, por ventura privada, aos CTT, eles estariam, regaladamente, a ser pagos para não ter trabalho - e quem se lixa são os 10 milhões de parvos que lhes enchem os bolsos porque não têm processo de não o fazer.<br />
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Vinha eu encorajar-vos a boicotarem os CTT, mas qual de nós não já faz isso? Quantos de nós escrevem cartas e as enviam pelo correio? Quantos de nós recebem encomendas pelos CTT porque, apesar das alternativas, é este o serviço que preferem? Quantos de nós ficariam incomodados se tudo o que querem receber nas suas caixas do correio físicas passasse a cair directamente no e-mail?<br />
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Chamem-me de revolucionário, se quiserem, ou de anarca, ou de Nazi (niguém, que eu me lembre, se lembrou ainda de me chamar de Comuna...), se quiserem, mas eu defendo acerrimamente a eliminação imediata dos CTT, dos postos de trabalho que eles representam e, em muitos casos, de quem os ocupa também - Vasco, carteiro em S. João da Madeira, que és demasiado preguiçoso para me tocares à campainha, demasiado cobarde para me assinares o papel legivelmente, demaisiado incompetente para assinalares devidamente no aviso em que loja deixaste a encomenda que me devias ter trazido, demaisiado incauto para preencheres devidamente o aviso em causa, demasiado analfabeto para escreveres "Alemanha" correctamente no campo do rememtente e demasiado burro para veres que a carta veio de Inglatera; agora estou a falar de ti.<br />
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<i>"Eh, pá; tem lá calma...!"</i><br />
<i><br /></i>
O caralho é que tenho calma! A ter calma é que esta "terra de brandos costumes" descaiu no lodaçal em que está! Vede os ingleses - toda a calma fleumática por que são conhecidos deixou-os numa trampa de uma situação em que não só são os párias da Europa, mas também vêem-se agora a braços com um sistema nacional de saúde que bateu no fundo do poço dos seus recursos enquanto imigrantes desregulamentados da Síria e do Paquistão o sobrecarregam com as suas maleitas e as suas vítimas, o crime violento a subir em todas as vertentes e uma ientidade cultural que só existe nos livros de história e nas memórias que quem chora ao lembrar-se do que aquele país, noutros tempos, foi. E assim concluo que não só não, foda-se; não tenho o caralho de calma absoluta-foda-mente nenhuma, como também, se tendes vós calma, então sois parte do problema!<br />
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Envergonha-te, Portugal...<br />
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Pax vobiscum o caralho; hoje, convoco-vos a todos para a guerra aberta conta a mediocridade que tomou conta desta terra!<br />
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Si vis pacem, para bellum!ArabianSharkhttp://www.blogger.com/profile/17324692428959637350noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-13445046.post-6275113886603132322017-12-22T04:06:00.001+00:002017-12-22T04:06:02.975+00:00Djimgolbels, crl!Djimgolbels.<br />
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Pax vobiscum atque vale, mas com um barrete de Pai Natal.ArabianSharkhttp://www.blogger.com/profile/17324692428959637350noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-13445046.post-46296853598773315692017-11-02T11:07:00.001+00:002017-11-07T11:45:31.721+00:00D. João II, ou "o gajo mais esperto a estar à frente deste país"Este post é um post do Peres, de que eu me apoderei e publiquei, com o intuito de o incentivar a acabar este post, começado em 23/04/2011.
<a href="http://palma1.no.sapo.pt/cantino.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img alt="" border="0" src="http://palma1.no.sapo.pt/cantino.jpg" style="cursor: hand; cursor: pointer; height: 744px; width: 1589px;" /></a><br />
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Estamos em 1502.Unknownnoreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-13445046.post-90780063713833529362017-10-27T17:19:00.002+01:002017-10-27T17:19:56.273+01:00Hoje: Segurança Social"Pronto, lá vem este gajo queixar-se outra vez..."<br />
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Tendes todo o direito de pensardes o mesmo, mas, por uma vez, enganais-vos...<br />
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Portanto hoje fui à Segurança Social, o que não foi exactamente fácil...<br />
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Isto vem na peugada de ter sido convocado pelo Instituto do Emprego e da Formação Profissional para prestar provas da procura activa de emprego. Até aqui, tudo bem. Aliás, calhou bem, porque fui convocado na semana em que comecei a trabalhar. Decidi matar dois coelhos* com uma cajadada e, na mesma penada, informar os senhores do Centro de Emprego de que já estou ocupado. Assim fiz, e a senhora que me atendeu (desta vez posso dizer que era uma senhora, porque só tenho coisas boas a dizer dela) disse-me, com grande ênfase, que comunicasse o mesmo à Segurança Social e tentou explicar-me onde eram os escritórios da Segurança Social. Não nos entendemos nesta questão, principalmente porque sempre que ela referia um ponto de referência, eu pensava no acesso ao mesmo por uma rua paralela àquela que ela tinha em mente (enfim, cenas de quem não é de cá...). Portanto, procurei no Google...<br />
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Para quem não conhece S. João da Madeira, é uma cidade onde não se pode estacionar. Aliás, em muitos sítios, mesmo circular não é fácil. De facto, o melhor lugar para conduzir é, sem qualquer sombra de dúvida, a zona pedonal (sim, eu sei...!). De maneiras que, mesmo sem saber exactamente onde era o escritório, procurei estacionamento perto de onde o Google indicava e segui a pé. Calcorreei a rua (era uma rua pequenina) sem sucesso, até que entrei numa loja ("O Xanateiro"; gente simpática), onde um cavalheiro (acho que posso dizer que era um cavalheiro, apesar de também não ter razão de queixa) me disse que o Google Maps estava errado (segunda vez este mês). Deu-me igualmente indicações claras, e eu fiz-me novamente ao caminho. Rapidamente, mesmo a pé, dei com os escritórios sa Segurança Social; aliás, são perto de minha casa.<br />
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É nesta altura que devia enfatisar o plural, porque encontrei duas portas, aparentemente indistintas, ambas marcadas como sendo um escritório da Segurança Social. Entrei na primeira e procurei a máquina das senhas, mas não havia máquina das senhas. Havia, no entanto, um balcão assinalado "Recepção" com uma pequena fila de pessoas. Assim que me juntei à fila, a senhora (desta vez, é um risco que corro) que estava do outro lado do balcão levantou-se e sumiu. Re-surgiu 20 minutos mais tarde, rapidamente atendeu toda a gente à minha frente e informou-me que o escritório que eu queria era o outro.<br />
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Enfim, foi azar.<br />
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No outro escritório já havia máquina de senhas. Tirei vez e juntei-me à sala de espera, onde todos os assentos estavam ocupados e criancinhas pequenas e extraordinariamente barulhentas davam azo ao tédio (evidentemente que tenho que citar o Padre António Vieira, e dizer que "se com uma linha de coser e um alfinete torcido vos apanha um aleijado, por que haveis de ser as roncas do mar?", mas a verdade é que se até eu estava preparado para comer a minha própria bóina para aliviar o aborrecimento, coitados dos putos...). Enquanto esperava vez, fui observando a sucessão de combinações das diferentes filas para as quais a máquina emitia senhas e dos balcões que as chamavam. Prestei igualmente atenção à ordem com que os números das diferentes filas se sucediam num mesmo balcão. Concluí que, apesar das "diferentes" filas, todos os balcões (mesmo o da tesouraria) estavam aptos a chamar números de qualquer assunto. Consequentemente, ao invés de cada balcão se concentrar numa única fila, todos os balcões chamavam utentes pela ordem de chegada, independentemente da "classe" da sua senha. É nesta altura que eu tenho que perguntar "então para quê filas diferenciadas?". Claro que me podeis dizer que, se todos os balcões chamam utentes pela ordem de chegada, e todos os balcões tratam de todos os assuntos, então não faz diferença para o utente tirar uma ou outra senha, já que teria sempre que tirar senha. Inclinar-me-ia a concordar, não fora um aviso (impresso num papel pequenino e escondido num canto) detalhando o propósito de cada fila e ameaçando que qualquer utente que tirasse a senha errada teria que tirar nova senha e voltar a juntar-se à fila de espera. Quis mesmo trazer-vos uma fotografia do mesmo aviso, mas um aviso muito mais proeminente alertava para o facto de ser proibido capturar imagens naquele local (a Segurança Social não deve querer que haja provas do que faz...).<br />
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Eventualmente fui chamado, e atendido por uma senhora (novamente em segurança), que me informou de todas as medidas que eu podia ter tomado "burrocraticamente" em função da minha situação, com o proviso de que não conhecia as revindicações das Finanças acerca de cada uma delas (também não é o trabalho dela saber o que diabo vai na cabeça das Finanças...), e a quem eu informei do mesmo que tinha dito no Centro de Emprego. Em resposta, ela disse-me que já sabiam, que o Centro de Emprego lhes tinha já dito tudo e que escusava de ter vindo.<br />
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Pax vobiscum atque vale e pensamentos felizes. Bom fim de semana.<br />
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*Ainda se pode dizer "matar dois coelhos com uma cajadada" ou também já há vegans a disparatar com essa cena do "politicamente correcto"?ArabianSharkhttp://www.blogger.com/profile/17324692428959637350noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-13445046.post-68131556396520465342017-09-14T13:36:00.001+01:002017-09-14T13:36:07.579+01:00Harry Potter e a Câmara da Autoridade TributáriaNinguém me desconvence de que as Finanças foram inventadas pelo Lord Voldemort com uma daquelas ampulhetas de trazer ao pescoço que a Hermione tinha no 3º filme, para fazer os muggles sofrer sem ter que estar sempre a lançar a maldição Cruciatus.<br />
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Portanto, estou para iniciar a minha participação num projecto que, com alguma sorte, culminará na distribuição de uma nova ferramenta cirúrgica (infelizmente, o acordo de confidencialidade ao qual estou sujeito impede-me de vos falar a fundo do mesmo... o que é uma pena, porque estou genuinamente convencido de que pelo menos alguns de vós o irieis achar extremamente interessante. Falai comigo em privado, se quiserdes participar igualmente; por ora, direi apenas que a área de <i>machine vision</i> terá um papel preponderante), mas, devido à natureza independente do projecto e à maneira única como o mesmo é financiado (a qual não é, certamente, semelhante à maneira única como a BBC é financiada; mesmo assim, não me parece boa ideia esmurrar o meu produtor), não poderei ser contratado convencionalmente e serei pago directamente e à peça.<br />
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Sucede que a invenção mais infame daquele que não será nomeado exige ser informada da quantia que receber para poder roubar-me uma parte, com a qual encherá os bolsos de <a href="http://disco-bar.blogspot.com/2017/03/foda-se-bofia.html">agentes incompetentes da autoridade</a>, sem dúvida na esperança de que eu opte por lançar a maldição Avada Kedavra sobre mim mesmo (ou faça uma série de Horcruxes... nesta altura do campeonato, ambas são igualmente prováveis), mas, como isso, nestes termos, é demasiado simples, não serve (quereis mais provas de que as Finanças não foram inventadas por um engenheiro - ou, pelo menos, por um engenheiro dos bons?). Assim sendo, existem, pelo menos, duas formas de me deixar assaltar pelo estado: mediante recibos verdes, caso não queira vir a ver sequer o valor da minha renda de casa, que é só o segundo apartamento mais barato que encontrei para arrendar nesta terra (por 20 "Galeões" inteirinhos todos os 12 meses de cada ano); ou mediante a Prestação Única de Serviços.<br />
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Hoje, depois de ter conversado acerca do assunto com a contabilista que está associada ao projecto (os meus estimados colegas e amigos sabem que eu tenho uma certa raivinha de estimação à malta administrativa em geral - gestores, contabilistas, advogados, chefes de polícia, etc. - mas, desta senhora, cujo nome sonegarei, só tenho coisas boas a dizer), fui, pela segunda vez esta semana e por este motivo, às Finanças...<br />
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Era agora que eu vos diria quem me atendeu, mas não posso, ou antes, não se pode. Dir-vos-ia que era uma senhora, mas, conforme vos relate que esta criatura amarga e impolida não fez senão levantar entraves, relatar mentiras e repetir, por várias vezes, "Ouça! Ouça! Ouça! Ouça!" quando eu não estava a fazer nem podia fazer senão ouvi-la, mas não se pode, nos dias que correm, fazê-lo sem incorrer a ira de quem leia nestes termos que todas as mulheres são incapazes, incompetentes, ignorantes, rudes, antipáticas e feias, ao passo que, por omissão, nenhum homem pode ser imbuído destas falhas - o que qualquer pessoa, independentemente do seu sexo, nacionalidade, raça, estrato social, classe, educação, casta, filiação, profissão, história sexual, religião ou credo, desde que tenha um módico de inteligência, vos saberá dizer tratar-se de um absurdo.<br />
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Ao invés, dir-vos-ei que 16 goblins enfiados numa camisola cor-de-rosa (não é tão implausível como julgais; a criatura que não vos posso adequadamente descrever apresentava, realmente, cerca de 2^4 vezes a massa e o volume corporal do actor Warwick Davies, conhecido em todo o mundo pelo seu desempenho enquanto Wicket ("O Regresso de Jedi", 1983), Leprechaun (filme epónimo, 1993), Professor Flitwick (série de filmes "Harry Potter", 2001 - 2011) e Griphook (idem), entre outros), não souberam senão corroborar o estereótipo de que as Repartições das Finanças são operadas exclusivamente por incompetentes malcriados e antipáticos com iguais aversões a trabalhar e ajudar os utentes.<br />
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Semelhantemente, não vos posso dizer que, conforme revindiquei ser atendido por outro funcionário, me ajudou um cavalheiro amável, educado e extremamente prestável sem que o mesmo grupo de idiotas que censuraria os dois parágrafos anteriores interpretasse o mesmo como um acto de exultação das virtudes de todos os homens e, por omissão de semelhantes alvíssaras, uma condenação de todo o sexo feminino. Ao invés, revindicarei que um Dementor, aposentado dos seus dias enquanto guardião de Azkaban, me soube, incaracteristicamente face à sua natureza, ajudar. Para além disso, a sua presença gélida mais que colmatou a falta de ar condicionado. Atrevo-me a propor que seja um Dementor o próximo Ministro da Magia.<br />
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(Pelo amor de todos os deuses em quem não creio, livrai-vos de ver na frase anterior uma apologia do afastamento de todas as mulheres de cargos de administração pública; não há em todos os mundos combinados ferramentas cirúrgicas que cheguem para me dar saúde suficiente para aturar merdas dessas! Já bem basta quererem que apresente o meu carro como sendo "um Ford Fiesta Afro-Americano"*!)<br />
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Fiz muita questão de deixar bem patente com o cavalheiro que me atendeu que, se todos os funcionários fossem tão prestáveis, simpáticos e educados como ele, não existiria o arquétipo da "chatice que é ir às Finanças" (posso ou não ter mesmo empregue a hipérbole de que "toda a gente cá estava batida todos os dias por prazer"), ao passo que a colega dele não servia senão para perpetuar os sentimentos negativos dos utentes em geral em relação àquele serviço.<br />
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Escusar-me-ei de salientar a idiotice de pagar ao estado 23% de tudo quanto receber para, seguidamente, pagar 23% de tudo o que gastar. Escusar-me-ei de propor que cada cidadão possa optar por prescindir de um ou mais serviços públicos em contra-partida de uma redução dos seus impostos. Escusar-me-ei mesmo de exigir que seja discriminado a cada cidadão em que medida é que cada cêntimo da sua contribuição para os bolsos <strike>dos estadistas</strike> do estado é gasto. Mas, foda-se, não posso deixar de exigir que, se insistis em levar uma fatia choruda de cada migalha que o meu trabalho me auferir, ao menos me trateis condignamente quando, na minha melhor fé, tentar, por todos os meios, subjugar-me às vossas ridículas regras! É pedir assim tanto!?<br />
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Pax vobiscum atque vale.<br />
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* - Em boa verdade, não conheço alma que se ofenda por descrever o meu carro como "preto". Por enquanto...ArabianSharkhttp://www.blogger.com/profile/17324692428959637350noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-13445046.post-40647476306382628562017-07-10T20:29:00.004+01:002017-07-10T20:29:58.053+01:00Sardinhas com esparguete, e....canadianos?Posso dizer agora que sim, já vi de tudo.<br />
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Encontrei uma banda que me deixou extremamente confuso, e bem disposto!<br />
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Apresento "The Dead South".<br />
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Bom, vamos lá.<br />
Uma banda que toca Bluegrass music, do sul profundo dos estados unidos,<br />
Embora a banda seja Canadiana, de Saskatchewan (tive de fazer alt-tab 5 vezes para escrever aquilo),<br />
Embora 2 dos membros sejam ex-metal, e isso se note na voz,<br />
E o gajo do banjo ser na realidade um profesor substituto sem mais nada que fazer,<br />
E o 4º tipo estar completamente deslocado ali no meio...<br />
E a publisher ser alemã,<br />
E,... Enfim, carreguem ali em baixo, e vejam se não tenho razão<br />
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<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/B9FzVhw8_bY" width="560"></iframe><br />
<br />Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-13445046.post-51967936096899807532017-05-24T21:42:00.002+01:002017-05-24T21:42:30.992+01:00Blast from the pastAo ler em vários lugares por essas "internetes" fora que as universidades andam, um pouco por todo o mundo, a descambar numa libertinagem esquerdista extrema e, digamos, idiota, polvilhada de parangonas como "aluno processa professor por "micro-agressão" e racismo" quando tudo o que o professor tinha feito foi corrigir a ortografia e gramática do aluno ou a história do professor de sociologia que mostrou uma imagem composta por várias silhuetas idênticas de esqueletos humanos, cada uma rotulada como pertencendo a uma ou outra raça, defendendo a noção de igualidade, e depois expulsou da sala a aluna que o recordou de que os esqueletos humanos, à semelhança da pele e das caras, têm características que os permitem identificar como pertencendo a uma ou outra raça e mesmo diferenceiar entre sexos e idades (mas vamos deixar as altas discussões políticas para o /pol/).<br />
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Quis, portanto, por curiosidade, saber em que estado está a nossa <i>alma mater</i>, e achei que não tinha melhor que procurar o velhinho fórum de curso. Sucede, não surpreendentemente, que o velhinho fórum de curso (que morava no número www.ect-ua.com da rua http://) já morreu, e há agora um rapazote novo a fazer o trabalho dele noutro lado, de maneira que procurei no google "fórum telemática Aveiro" (porque o Google costuma perceber estes telegramas cifrados que, se ditos às pessoas, garantem, no mínimo, um olhar estranho e, no máximo, uma visita ao hospital psiquiátrico mais próximo, com opção de um olho negro), esquecendo-me que ia encontrar uma resma de resultados sobre o centro comercial Fórum.<br />
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Mesmo assim, encontrei, na página inicial, o novo fórum de curso. Surpreendentemente, no entanto, vários resultados antes, encontrei este link:<br />
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<a href="http://sweet.ua.pt/goucha/ect/index2.htm">http://sweet.ua.pt/goucha/ect/index2.htm</a><br />
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Pax vobiscum atque vale.ArabianSharkhttp://www.blogger.com/profile/17324692428959637350noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-13445046.post-90365947124490159622017-05-04T20:18:00.002+01:002017-05-04T20:18:29.809+01:00Feliz dia do Star Trek!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://4.bp.blogspot.com/-C0B9U94KbY0/WQt-fmqT0JI/AAAAAAAAAUM/7Pg9pARp7j09wT0BW4O46TE2uHJhLGKuACLcB/s1600/444142.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="288" src="https://4.bp.blogspot.com/-C0B9U94KbY0/WQt-fmqT0JI/AAAAAAAAAUM/7Pg9pARp7j09wT0BW4O46TE2uHJhLGKuACLcB/s320/444142.jpg" width="320" /></a></div>
<br />ArabianSharkhttp://www.blogger.com/profile/17324692428959637350noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-13445046.post-13484067288063194182017-04-10T19:33:00.002+01:002017-04-10T19:33:45.577+01:00As escolas fazem mal à democracia #BrexitIsto o chuveiro é realmente um excelente lugar de contemplação... Aqui há dias, ocorreu-me o seguinte:<br />
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No Reino Unido andam às turras por causa do Brexit, apesar de o Brexit ter sido aprovado pela maioria do povo. Na América, andam às turras por causa do Trump ser presidente, apesar de ele ter sido legalmente eleito*. E eu só me pergunto, "Então mas essa tropa, depois de ter votado e de ter perdido, vem agora fazer barulho? Isso não era coisa para ter sido feita antes da votação?"<br />
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Porque, afinal, vejamos: Não visa a democracia ser o sistema mais justo de governo, mediante o qual cada cidadão, igualmente representado no acto do voto, respeita e acata a decisão da maioria? Com que legitimidade é que fulano me vem dizer que cicrano é um fascista quando cicrano foi devidamente eleito?<br />
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Aceito que me digais que quem votou numa opção ou noutra tem o direito de mudar de opinião, mas não concedo a ninguém o direito a mudar o voto**.<br />
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Se calhar, a esta altura estar-se-ão a interrogar, "Então mas que raio tem a escola a ver com isto?". Ora bem, quando eu andava na escola lia bandas desenhadas do Homem Aranha e ia às aulas (não ao mesmo tempo). Nas aulas, às vezes, tínhamos o direito de votar numa lista ou outra para a associação de estudantes. Eu nunca me meti nessas políticas, sobretudo porque nunca ninguém me soube explicar exactamente para que é que servia a associação de estudantes****, de tão entusiasmada que estava toda a gente com o prospecto de umas dispensas ocasionais das aulas para tratar dos assuntos da associação. Ora eu, mesmo não gostando lá muito das aulas, não via que valesse a pena estar a meter-me de cabeça numa embrulhada desconhecida para poder faltar impunemente. Em consequência do mesmo (entenda-se, de não se saber muito bem para que é que servia a associação de estudantes), as "campanhas eleitorais" de cada lista consistiam em tocar música muito alto, distribuir autocolantes e guloseimas variadas e, se os membros ou apoiantes não se importassem de contribuir, reunir umas consolas e umas televisões pequeninas para aliciar os eleitores, mas nem um vestígio dos seus valores, das suas prioridades ou das suas propostas. Posto isso, a decisão eleitoral recaía sobre factores <strike>secundários</strike> idiotas, como sejam "qual é a lista que tem mais amigos/colegas meus", "qual é a lista que mais colegas meus apoiam", "qual é a lista que me deu mais ou melhores rebuçados", "quem é que me bate se eu votar numa lista ou noutra".<br />
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Quando cheguei ao Liceu, já havia alguma maturidade. Por exemplo, havia debates entre as diversas listas proponentes*****, mas o ênfase do que era a associação de estudantes continuava tão longe das actividades da associação de estudantes que, em determinado ano, pelo menos um colega meu, julgando estar isento de reprovação por faltas desde que faltasse "por motivos de campanha eleitoral", deixou-se "tapar" a todas as disciplinas, e só não reprovou antes das férias da Páscoa porque a Directora de Turma o foi buscar ao recinto do recreio para lho dizer. Quando lhe perguntávamos por que é que ele queria ser parte da associação de estudantes ou o que é que ele pretendia fazer se fosse eleito, ele dizia-nos que não queria saber; que só estava nestas andanças para poder faltar à vontade******.<br />
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Ora, sucede, como já mencionei, que lia o Homem Aranha. Infelizmente, a mesma escola que nos encorajava a decidir o nosso voto arbitrariamente e de maneiras parvas, para elegermos uma lista que não queria saber ou uma lista que queria era baldar-se, não nos mandava ler o Homem Aranha. Lá "Os Maias" e "Os Lusíadas" e "Frei Luís de Sousa", tudo muito bem; agora o gajo ágil que rebenta ladrões, manda piadas e não é o Deadpool, népia!<br />
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E fazem mal! É que o Homem Aranha teve uma vez um tio que se chamava Ben e fazia arroz num instante, e que antes de morrer lhe disse que "com grande poder vem grande responsabilidade". Olhemos então para a palavra "Democracia": resulta da composição de dois étimos (ou palavras-raíz) gregos (que, de resto, também é onde foi inventada a própria democracia), a saber, <i>demo</i>, e <i>kratos</i>. "Demo", longe de ter a ver com versões muito reduzidas de jogos ou de figuras religiosas judeio-cristãs, significa "povo" e "kratos" significa "poder". Para além disso, se googalizarem "kratos", surge isto:<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://vignette2.wikia.nocookie.net/godofwar/images/1/19/Kratos_rendering_concept.jpg/revision/latest/scale-to-width-down/310?cb=20100727072252" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://vignette2.wikia.nocookie.net/godofwar/images/1/19/Kratos_rendering_concept.jpg/revision/latest/scale-to-width-down/310?cb=20100727072252" width="304" /></a></div>
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Quereis convencer-me que, com um burgesso destes, não vem grande responsabilidade? Se ao povo é dado o poder de decidir o destino de uma nação, é-lhe igualmente incumbida a responsabilidade de saber o que raio está a fazer, e não é isso que a escola anda a treinar sucessivas gerações de eleitores para fazerem.<br />
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Então surge o Brexit (por exemplo). É claro que o Zé Maria Pincel, que, no 9º ano votou na Lista C, apesar de a miúda de quem ele gostava estar na Lista B (mas o Paulo Rego dava-lhe uma porrada de criar bicho se ele não votasse na lista dele!), e que no 12º ano votou na Lista X porque uma das miúdas vinha identificada nos panfletos como "Bomba", que era a alcunha dela, e ele achou piada, face ao prospecto de votar contra ou a favor de se deixar a União Europeia vai olhar para a cara do Cameron, para o corpo da May e arrepiar-se todo de medo do Farage (ou então por outra ordem qualquer; não estou aqui para o julgar... pelo menos, não por isso), e só depois dos votos estarem todos contados, se de todo, é que vai fazer contas à vida e perceber que votou bem/mal.<br />
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Eu até tinha ganas de propor que o voto não fosse o direito de nascença de qualquer cidadão, mas antes um privilégio conseguido à custa de se informar junto de pelo menos dois partidos, mediante sessões de formação gratuitas disponibilizadas pelos próprios partidos, que, afinal, não recebem tão pouco dinheiro do estado para que possam alegar não ter verba, mas imediatamente alguém se ia lembrar de uma maneira simples e eficar de subverter o sistema, e depois eu remendava o sistema nesse ponto específico, uma vez e outra, e outra, e outra, e, antes de dar por ela, estávamos num regime absolutista à lá George Orwell com influências de Starship Troopers e Ayn Rand, mas que era uma democracia porque uma oligarquia não específica tinha o direito ao voto. Portanto, mais vale nem pensarmos muito nisso.<br />
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Está bem que isto não impede deshonestidades como a do próprio Nigel Farage, que andou a pintar nos autocarros todos de Londres que o Reino Unido pagava quanto pagava à União Europeia em vez de injectar a mesma quantidade no seu próprio sistema nacional de saúde, e quando o povo quis sair, "revelou" que nunca teve a menor intenção de fazer exactamente o que sugeria nos autocarros e que quem votou nessa premissa fez mal... Ou será que não?<br />
<br />
E só para que não fiqueis a julgar que, assim que se chega à universidade, estas imbecilidades desaparecem, recordo-vos que mais que uma vez entrei no DETI, sem saber tratar-se de dia de eleições, e imediatamente descobri uma mesa de voto, munida de "boletins de voto" (que eram vulgares rectângulos de papel colorido, não particularmente bem cortados) para três cargos diferentes, havendo apenas uma única lista candidata aos três cargos. Se achais que encenar eleições para um cargo para o qual só há um candidato não é uma paródia doentia do conceito de democracia, sabei igualmente que:<br />
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1. Um voto em branco ou nulo não conta contra a única opção;<br />
2. Mesmo um candidato ou uma lista que concorra sem oposição precisa de um número mínimo de votos para ser eleito. Para além disso, o cargo não pode ficar desocupado. Isto deu azo a que, pelo menos uma vez, uma pessoa se tenha candidatado a determinado cargo sem oposição, mas a votação ocorreu num dia em que não havia muita gente no IEETA (não foi no DETI, mas ao lado...), já que as aulas já tinham acabado e os exames já pouco mais duravam, e que não tinha sido anunciado como tal (para variar). Como resultado, o candidato em questão "teve" que andar a telefonar a toda a gente que conhecia com o direito a votar, a pedir-lhes que viessem extraordinariamente ao campus, alguns já em férias, para lançarem o seu voto, caso contrário... ninguém sabe bem o quê, já que não havia adversário que ganhasse nem o cargo podia ficar vazio... Democracia!<br />
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Pax vobiscum atque vale.<br />
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* - Antes que alguém se lembre de dizer que não, que a Rússia e o Putin andaram a roubar as passwords do Facebook da Hillary e a viciar os resultados, só para outrem o/a lembrar de quem é que foi o primeiro a afirmar que aceitava, sem contestar, os resultados das eleições, guardemos essas conversas para proeminentes fóruns políticos como sejam o Twitter, o Instagram, o Facebook e o /pol/ e vamos antes discutir assuntos sérios.<br />
<br />
** - Aceito sistemas de voto múltiplo, como o voto único transferível, por exemplo. Procurem no Youtube, no canal CGP Grey***, por "Single Transferable Vote".<br />
<br />
*** - Claro que recebo uma comissão por cada clique nos vídeos do canal; não se está mesmo a ver que sim...? Ninguém se lembre de ligar o ABP!<br />
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**** - Escusam de me dizer agora; continuo a não saber, mas também já não interessa...<br />
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***** - Isto passou-se: em determinado ano, um aluno mais velho, membro de uma lista, acusou a lista rival, que se mantinha largamente a mesma desde o ano anterior, em que tinha sido eleita, de não ter cumprido as promessas que tinha feito durante a campanha, omitindo convenientemente o facto de, no ano anterior, ele próprio ter feito parte da associação de estudantes. Esse colega veio a estudar em Aveiro, em ECT.<br />
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****** - Se calhar acham que está aqui uma simile muito engraçada de um "proto-deputado", que quer é o tacho na Assembleia da República e não faz a menor ideia sequer do que é que devia estar a fazer, e que é por isto que as escolas fazem mal à democracia. Mas não é só...ArabianSharkhttp://www.blogger.com/profile/17324692428959637350noreply@blogger.com1