
Fonte: Expresso online
A primeira eólica de alto mar de grandes dimensões do mundo foi hoje colocada perto da póvoa do varzim.
Montada nos estaleiros da Lisnave, em setúbal, este projeto entre EDP - metalúrgica A. Silva Matos e a canadiana Principle Power cimenta a posição de líder de Portugal em "know how" de energias renováveis.
Enquantos nos estados unidos as renováveis são apenas 5% do total das fontes de energia, e o Reino Unido e Dinamarca só chegarão aos 40% em 2025, Portugal já tem 45% da sua eléctricidade como de origem renovável, com uma meta de 60% para 2025.
É claro, todos nós sabemos que isto tem um custo inicial elevado, e o aumento da luz mostra isto, mas depois dos 15 anos iniciais as energias renováveis vão poupar ao país pelo menos 1,7 mil milhões de euros por ano, para não falar nos postos de trabalho criados, a até potencial exportador.
É claro, se não acabarem com tudo isto entretanto. Os nossos Troikanos overlords (perdão, queria dizer governo) anunciaram que o nosso plano nacional vai ser alterado, e faço quote:
"De acordo com Assunção Cristas, em declarações ao jornal Público, o governo estuda “apresentar um novo instrumento para 2013-2020”, que deverá estar pronto no final de 2012, e que deve deixar cair as apostas em novos projetos de energias renováveis..."
Ok, acabar com os projectos de renováveis... se calhar encontraram a fusão a frio? Vejamos:
"É uma questão que está no nosso menu (portagens nas entradas das cidades), embora se compararmos com estratégias como o car pooling me pareça mais difícil de implementar”, explicou a ministra. “Numa primeira fase em que o país tem poucos recursos, vamos procurar avançar com soluções mais baratas”, avançou."
Ah...ok, portagens nas cidades e partilha de automóveis... Mas há mais:
"O governo pretende ainda reorientar a política energética nacional, que até agora privilegiava uma forte expansão nas energias renováveis.
A ministra clarificou ao jornal que não quer mais barragens, uma das apostas do antigo primeiro-ministro José Sócrates."
Certo.... Wait, what?
Reorientar a política energética nacional? Vamos voltar a comprar carvão e gás para queimar? Certamente vão deslocalizar agora as nossas metalúrgicas e empresas de renováveis para a Alemanha não?
Para rematar, isto tudo no dia em que é notíciado que:
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