Hoje li um artigo que o Sr. Jeremy Clarkson escreveu para o Sunday Times em Dezembro de 2007 (porque, agora que começamos os "oneders", está na altura de escrutinarmos muito bem os "noughties", para não cometermos os mesmo erros da década passada) em que ele falava de fazer coisas banais pela última vez (e também do Mazda CX 7, mas não me podia ralar menos com isso) e fiquei a pensar:
Há uma data de coisas que costumava fazer e que já não faço: umas porque já não consigo, outras porque já não preciso e outras porque já não tem que ser. Conversamente, há uma data de coisas que costumo fazer, porque posso, porque tenho ou porque quero, que, de certeza, qualquer dia hei de deixar de fazer. O que eu não me consigo lembrar é da última vez que fiz qualquer coisa que nunca mais fiz desde então e que, provavelmente, não voltarei a fazer.
E agora, fico a ruminar: Será que algum dia farei alguma coisa pela última vez com a consciência de que nunca mais o farei? É que lembro-me perfeitamente da última vez que vi o meu avô por parte do meu pai, por exemplo, e nunca num milhão de anos adivinharia, na altura, que não o havia de voltar a ver.
Quanto mais da minha vida perdi sem dar conta?
Quanto mais das nossas vidas havemos de perder da mesma maneira?
Pax vobiscum atque vale.
9 comments:
Não penses, faz! Mas quando fizeres, garante que estás a fazer algo de jeito! :)
Boa questão Sr. Eng. Arabian... Eu diria que o melhor que podes fazer quanto a esse facto incontornável da vida será viver o máximo e ver o máximo que possas dentro dos teu gostos claro... mesmo que não possas ou não precises de experiênciar essas coisas de novo...
Assim, não podes dizer que lhes passaste ao lado, e com sorte, ate encontras alguma situação ou experiência pela qual gostaras de passar de novo, e possas dizer "Caramba, durante quanto tempo na minha vida perdi isto... DUMMY!"
Saudações Leirienses
Pax vobiscum atque vale.
Eu por outro lado, da ultima vez q vi o meu avo da parte da minha mae tinha a certeza que nunca mais o havia de ver.
N te preocupes c o tempo q perdeste, isso ja la vai. Preocupa-te eh em aproveitar o tempo que tens pela frente. Todas aquelas "fantasias" que ate sao praticaveis deves fazer para n te arrependeres de as n ter feito mais tarde, o q levaria a n teres feito a pergunta "Quanto mais da minha vida perdi sem dar conta?"
Bem hajam pelas vossas palavras, mas talvez me tenha explicado mal.
Não lamento o tempo perdido, já foi tempo em que perdia tempo com isso. Quando pergunto "Quanto mais da minha vida perdi sem dar conta?", o que quero dizer é quantas componenetes do que vai sendo (e deixando de ser) do nosso dia-a-dia, porque, afinal de contas, isso é que são as nossas vidas, já lá vai. Por exemplo, quando calhar passar diante da Escola Secundária Alves Martins (ESAM, para os amigos), lembro-me sempre dos três anos que, a oito anos de distância, parecem ter sido, contas feitas, verdadeiramente espectaculares. Ainda me consigo lembrar vagamente do que sentia naqueles dias, naquelas imediações, mas é de quanto dessas coisas é que eu perdi que pergunto.
"Dream as if you'll live forever. Live as if you'll die today. " - James Dean
@ Hal ... Sorry Mate, i don't mean to be a downer... But I also have a quote...
"Easier said then done. " - Real World
ahahahah o katanas mereceu um touche knight :P
Touché indeed! :D
"God grant me the serenity
to accept the things I cannot change;
courage to change the things I can;
and wisdom to know the difference.
"
Reinhold Niebuhr (1892-1971)
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