Com este título podia-se fazer uma série para crianças. Ou talvez para adultos, dependendo de se pôr o ênfase nas queixinhas ou na sueca e de quanta roupa ela está a usar.
(Bom, vamos lá a despachar, que se não, daqui a bocado, isto está uma muralha de texto enorme e ninguém lê isto.)
Estes dois ou três dias devo ter jogado mais à sueca que no resto do verão. Francamente, nem gosto lá muito deste jogo, mas olha, éramos quatro, tínhamos um baralho e uma noite toda, pronto, não ia ser eu a ser cortes (mas quando três de nós nos propusémos para jogar King alguém se cortou de grande e não fui eu). Eu, que não sou grande jogador, antes pelo contrário, tive a sorte de ter ficado emparelhado com um jogador de primeira, antigo verdadeiro viciado da cartada, e acabámos por ganhar (muito) mais que o que perdemos. No rescaldo, tenho a notar o seguinte:
      * Contar as cartas que já foram jogadas e planear o jogo em função disso não é saber jogar, é sorte;
      * Determinar, por alto, a probabilidade de uma manilha passar em função do número de cartas desse naipe que já foram jogadas e de quantas restam na mão não é sensatez, é "mijo";
      * Trunfar com o Ás por cima da manilha com o único trunfo que se tem numa puxada ao único naipe que se não tem não chega a ser sorte, é ter o jogo todo;
      * Baralhar as cartas com cuidado para não haver jogadores com oito cartas de paus quando o trunfo é ouros é perder tempo de propósito para quebrar o ritmo ao jogo;
      * Demorar três segundos a pensar "ora o que é que já saiu" é má forma e deve ser repreendido com um sonoro "Anda lá, caralho!";
      * Ter sete trunfos e dois ases não é sorte, é saber jogar;
      * Perder 80% dos jogos é insignificante se, quando entre um jogador e o seu parceiro se têm todos os ases, manilhas e trunfos e, portanto, se dá quatro;
      * O que conta é dar quatro;
      * Perder 70% das "mocas" depois de se fazer grande alarido acerca de as mocas serem de 5 ou de 10 e de como se apontam e se deve ser sempre o mesmo a apontar e etc. é irrelevante, porque o que conta é dar quatro;
      * Dar quatro é que é importante;
      * Comentar "Ó diabo!" ou "Estava seca..." é batota, mas fazer sinais descarados ao parceiro não;
      * Nada mais importa, desde que se dê quatro.
E, depois de se perder, apesar dos cinco trunfos que nos saíram, mais os do parceiro, é preciso resmungar "Fogo, vocês tinham tudo..." ou "Com esse jogo eu dava quatro!". Mas olha, ao menos fiquei a saber que sou um grande jogador de CS. Quando não, vejamos:
      * Nunca compro munições e espanto-me quando fico sem balas;
      * Vou aos saltos porque julgo que ando mais depressa;
      * Corro atrás dos inimigos e admiro-me que me ouçam;
      * Jogo com um rato com bola;
      * Aponto às pernas;
      * Quando sou visto, paro em pé para disparar;
      * Quando não sou visto, disparo a correr;
      * Com a AK, a M4 e outras que tais, clico e não largo até se me acabarem as balas (ou a vida);
      * Quando vejo uma granada, vou tentar apanhá-la;
      * Assim que vejo outro jogador, atiro contra ele, seja aliado ou não;
      * Quando vejo muitos inimigos, carrego logo no "P" para atirar uma granada;
      * ... mas uma vez fiz um headshot! (mas foi sem querer)
Rói-te de inveja, Sintra!
Pax vobiscum atque vale.
7 comments:
Faz-me lembrar as jogatanas de CS online.
Ou é noob ou é noob/xíter.
ROFL nubes!
Er... Eu não me chamo ArabianShark logo não fui eu que escrevi o artigo....
Ah, já não vi o que é que o Miguel tinha a dizer acerca da minha descrição do jogo!
Olha para a caixa "Últimos comentários" ;)
Afinal não, já não aparece lá.
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