Basicamente, pegaram no ADN de uma bactéria e criaram a partir deste uma cópia sintética. Este novo genoma (que podia ter sido alterado durante o processo de cópia) foi depois inserido numa bactéria de outra espécie, que rapidamente se multiplicou, gerando vida (mais bactérias). Mas aqui está a "catch", estas novas bactérias em nada têem a haver com o portador, mas são bactérias que se comportam como o código genético sintético manda.
Acabamos de fazer o papel de Deus? Gerámos efectivamente vida sintética (fabricada)? Reescrevemos o Génesis?
6 comments:
Ainda não, mas caminhamos nesse caminho.
Quando realmente desenharmos um organismo do zero, do género de como quem desenha um circuito, aí estaremos realmente a fazer o papel de Deus.
O potencial para isto dar merda é enorme. O potencial para isto ser óptimo também.
A ver vamos.
P.S.: por falar nisso, onde é que andam aquelas bactérias que comem petróleo?
Acho que o que nos impede ainda é o nosso desconhecimento quanto a grande parte do código genético. Simplesmente não sabemos o que grande parte faz, ou se é até necessário.
Mas pensar que é possivel criarmos vida com um código genético sintético (um software, embora de momento software copiado como disseste) é deveras revelador do nosso progresso e/ou falta de limites.
PS: Que nos impede de fazer mesmo com virus? Falo em virus porque eles injectam o seu ADN na célula alvo, e a adulteram para produzir mais virus.
Só para ser picuinhas, acho que a maior parte dos vírus usa mesmo RNA :P
Sim, um dos grandes perigos é armas biológicas. Como diz o outro num dos artigos "The challenge is to eat the fruit without the worm".
De notar que quanto a animais maiores ainda podemos ter em conta que nesses há a argumentação que não só a genética conta mas também a epigenética que é uma ordem de magnitude [ou mais] maior que o código de ADN correspondente.
Gray Death
"Quando realmente desenharmos um organismo do zero, do género de como quem desenha um circuito, aí estaremos realmente a fazer o papel de Deus."
Agreed.
Não deixa de ser interessante já termos chegado ao ponto de conseguir fazer isto. Como o Peres diz, há muita coisa que desconhecemos do código genético. Quand digo muito quero dizer quase tudo :D
Li a notícia e lembrei-me logo da 6 :D
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